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Energia mantém inflação no teto da meta

IPCA-15, prévia do índice oficial do governo, pouco oscila em agosto no índice em 12 meses, de 6,51% para 6,49%

Analistas preveem manutenção de cenário de pressão sobre os preços e atividade econômica enfraquecida

PEDRO SOARES DO RIO

Mesmo com índices baixos em julho e na prévia de agosto, a inflação segue no limiar da meta do governo para o ano (6,5%), com perspectiva de preços em aceleração no restante do semestre num cenário de economia estagnada, segundo analistas.

Após o IPCA (índice oficial) ficar em 0,01% em julho, menor nível em quatro anos, a inflação inverteu a tendência e voltou a subir nos primeiros dados deste mês, puxada pelo reajuste de energia.

O IPCA-15 (prévia do índice que baliza a meta do governo, com a diferença de coletar preços do dia 15 do mês anterior ao 15 do mês de referência) ficou em 0,14% em agosto (ante 0,17% em julho), em nível historicamente baixo. Mas a taxa em 12 meses pouco caiu --de 6,51% para 6,49%.

Nesse contexto e sob o prisma de uma inflação maior nos meses a seguir sem o impacto da deflação dos alimentos em julho e na prévia de agosto e mais reajustes de energia pela frente, analistas dizem que permanece o binômio: inflação elevada e fraco crescimento econômico em 2014.

É esperada uma queda do PIB na faixa de 0,5% no segundo trimestre, diante de menos dias úteis em razão da Copa, que afetou ainda mais a já combalida indústria e fez o comércio vender menos.

Analistas esperam expansão de 0,6% a 0,8% do PIB neste ano. Se confirmada, será a menor marca desde 2009.

E é justamente o menor ritmo da economia, com freio do consumo, juro elevado e esfriamento do mercado de trabalho, que pode evitar o estouro da meta de inflação, dizem analistas.

Para Adriana Molinari, economista da Tendências Consultoria, a desaceleração dos preços de serviços --com menor pressão de alimentação fora de casa e hotéis-- mostra que famílias perderam ímpeto para consumir.

Com a menor demanda e sem a movimento extra gerado pela Copa para alguns ramos (alojamento, bares, pacotes de turismo), os prestadores de serviços tiveram menos espaço para subir preços.

Os serviços, que haviam subido 0,97% em junho, reduziram a alta para 0,50% em julho e 0,23% em agosto.

"Já há algum arrefecimento dos serviços, o que reflete demanda mais fraca e a piora do nível de atividade da economia", diz Molinari.


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