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Foco

"Inflação do casamento" já limita até orçamento de eventos de luxo, diz setor

INGRID FAGUNDEZ DE SÃO PAULO

De garrafas de champagne em garrafas de champagne, a consultoria Marriages, focada em casamentos de alto padrão, organizou cerimônias que somaram R$ 24 milhões no ano passado. Foram 60 festas, que chegaram a custar R$ 1,5 milhão.

Outra empresa do ramo, a Wedding&Co, não revela valores, mas informa que suas cerimônias custam "bem mais do que isso".

O mercado de casamentos de luxo movimenta centenas de milhões de reais no Brasil todos os anos, com infraestrutura e organização que se assemelham a grandes eventos corporativos e de música.

Segundo a diretora da feira Casar, Camila Piccini, esses eventos foram responsáveis por mais da metade dos R$ 16 bilhões que transitaram no mercado de casamentos no país em 2013.

Para valores tão altos colaboram fatores como o número de funcionários envolvidos --que pode chegar a 300-- e a diversidade de produtos e serviços oferecidos.

"Comparado a dez anos atrás, o gasto é maior. Há mais opções, mais exigências", diz o diretor financeiro da Abrafesta (Associação Brasileira de Eventos Sociais), Ricardo Dias.

Entre os itens pedidos pelos noivos estão desenhos personalizados na espuma de drinques e a construção de paredes, banheiros, fontes e outras estruturas.

LIMITE NO ORÇAMENTO

Apesar de historicamente os custos terem aumentado, a tendência recente é de controle do orçamento, mesmo que esses sejam milionários.

Com a multiplicação de profissionais e de preços, casais têm pesquisado mais antes de escolher o serviço. A sócia da Wedding&co, Carla Fiani, diz que seus clientes optam pelo orçamento menor quando dois fornecedores têm serviços semelhantes.

"As negociações têm sido maiores para viabilizar a festa. Com um momento econômico diferente, a classe A vai atrás dos valores. Não existe mais isso de contratar só aquele decorador."

Serviços e produtos mais caros também fazem o consumidor pensar duas vezes.

Piccini, da feira Casar --onde cem expositores apresentam as novidades do ramo anualmente em São Paulo-- diz que os custos estão aumentando acima da inflação. Nos últimos três anos os preços chegaram a subir ao todo 30%, estima o setor, enquanto o IPCA, índice oficial de inflação usado pelo governo como baliza, se mantém perto de 6,5% ao ano.

"Quando casei, o pacote de fotos e vídeo saíam por R$ 10 mil", diz Piccini. "Alguns anos depois, conhecidos meus já recebiam facilmente orçamentos de R$ 20 mil."


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