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Fed terá juro baixo por tempo 'considerável'

Expectativa é que taxa, entre 0 e 0,25% anual, não suba neste ano; recompra de títulos entra em etapa final

Autoridade monetária espera queda no índice de desemprego, em 6,1% ao ano, para mudar sua política

DE SÃO PAULO

O Federal Reserve, banco central dos EUA, manteve sua política de estímulo à economia nesta quarta (17), indicando que não tem pressa de elevar sua taxa de juros.

Em comunicado de seu comitê de política monetária, a instituição afirmou que a economia do país continua a melhorar, mas que o estímulo ainda é necessário devido à persistência de dificuldades no mercado de trabalho.

A taxa de juros continuará, portanto, flutuando entre zero e 0,25% ao ano e o fará por "tempo considerável", segundo comunicado do comitê que repete o termo usado em seu último relatório. A menção vai de encontro à expectativa do mercado.

Já o programa de recompra de títulos do Tesouro e de ativos hipotecários, que injetou milhões mensalmente no mercado nos últimos dois anos, chegará ao fim em outubro, como previsto.

A autoridade monetária fez um novo corte de US$ 10 bilhões no montante que recompra por mês, mantendo apenas US$ 15 bilhões em compras até o fim de outubro.

Os mercados brasileiros reagiram com ressalvas, já que o momento da elevação das taxas ficou em aberto.

Após ter subido 3,8% nos últimos dois dias, o principal índice da Bolsa brasileira fechou com oscilação negativa de 0,01%, a 59.108 pontos.

Já o dólar voltou a subir. A moeda americana à vista fechou com alta de 0,85%, a R$ 2,345 para venda, enquanto o dólar comercial, usado no comércio exterior, avançou 1,24%, para R$ 2,358.

Um aumento dos juros nos EUA deixaria os títulos do Tesouro mais atraentes do que aplicações em emergentes, levando a uma migração de recursos desses mercados para a economia americana.

PREVISÕES

O Federal Reserve também reduziu a estimativa de crescimento da economia americana para 2015, que passa para um intervalo entre 2,6% e 3%. E junho, o avanço era estimado entre 3% e 3,2%.

O crescimento de 4,2% da economia dos EUA no segundo trimestre levara alguns economistas a defenderem a antecipação da alta de juros.

No comunicado desta quarta, porém, o banco central aponta uma "subutilização significativa da força de trabalho" --ou seja, a taxa de desemprego, que já esteve em 10% no auge da crise e em agosto foi de 6,1%, ainda tem espaço para baixar.

O Fed ainda divulgou outro documento com princípios e linhas gerais para a normalização da política monetária, a serem definidos pelo comitê após o fim da política de recompra de títulos.

Reiterando os comunicados, a presidente da instituição, Janet Yellen, disse que a política continua adequada e que, a despeito da divulgação do plano de normalização, o momento exato da mudança não está pré-definido.


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