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Vaivém das commodities
MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br
Excesso de oferta já afeta plantio do feijão
A quantidade excessiva e a baixa qualidade do feijão estão afetando seus preços. A avaliação é do diretor da consultoria Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
Ele afirma que o excesso de oferta já reduz as áreas cultivadas em São Paulo e no Paraná, duas grandes regiões produtoras do grão.
No Paraná, segundo Brandalizze, o excesso de oferta se explica pela migração de produtores de milho para o cultivo do feijão, preocupados com os baixos preços do cereal no mercado.
Com a falta de produtos de melhor qualidade, o consultor afirma que o preço do feijão-carioquinha pago ao produtor, no Paraná, vai de R$ 50 a R$ 70 a saca.
A concentração do produto de melhor qualidade está em Minas Gerais e em Goiás, onde ele estima preços de R$ 95 a R$ 120 a saca.
Para Brandalizze, o excesso de oferta, ainda que de baixa qualidade, afetará a produção da próxima safra.
Ele afirma que 60% da safra já foi semeada no Paraná e os primeiros números indicam redução de 20% a 25% da área de cultivo. Para São Paulo, ele estima que a redução esteja em torno de 20%.
O feijão que chegará ao mercado a partir de novembro terá preços maiores.
Em relatório sobre o mercado da leguminosa, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) já tinha apontado o risco de o excesso de oferta da safra 2013/2014 desestimular o plantio da primeira safra da temporada de 2014/2015, cujo plantio ocorreu no início de agosto.
"Vamos ter uma redução de oferta e o mercado vai começar o ano com alta do feijão", avalia Brandalizze.
Na Bahia, a Conab liberou recursos para a compra imediata de até 500 toneladas de feijão da melhor qualidade (tipos 1 e 2). A medida pretende garantir preços mínimos de R$ 95 por saca para os produtores rurais.
Segundo o gerente de alimentos básicos da companhia, Wellington Teixeira, se a demanda dos produtores persistir, deverão ser liberados mais recursos.
Teixeira conta que também está em estudo a implementação de um plano para compra de feijão tipo 3 --de qualidade inferior.
Para Brandalizze, seria necessária uma intervenção maior do governo federal para a compra de 150 mil toneladas a 200 mil toneladas de feijão nas regiões produtoras.
Com isso, seria retirada do mercado parte do feijão de baixa qualidade. Sem isso, ele estima que o grão deverá levar até 90 dias para ser escoado.
Patente Os EUA reconheceram a patente brasileira do método de seleção para o gene Rpp5, que confere resistência à ferrugem asiática da soja. A patente foi concedida à TMG --Tropical Melhoramento & Genética.
Benefícios A descoberta do gene permite ao mercado oferecer cultivares com tecnologia que confere às lavouras benefícios ambientais e econômicos. Além de reduzir o número de aplicações de fungicidas, diminui os custos dos produtores.
Convivência maior Fabiano Siqueri, da Fundação MT, explica que o gene de resistência permite à planta de soja melhores condições para conviver com a doença no campo.
TRIGO
+3,00%
Ontem, em Chicago
CAFÉ
-2,02%
Ontem, em Nova York
Consecitrus faz primeiro encontro formal em SP
O Consecitrus (conselho do setor de citricultura) fez nesta terça (7) a primeira reunião formal. As coisas andaram bem e surpreendentemente a reunião foi positiva, segundo um dos participantes.
Ele relembrou as dificuldades e as acirradas discussões para a formação do conselho. Foi necessária a participação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
O setor busca com o Consecitrus uma referência de preços para a citricultura, além de acertos no direcionamento de outras atividades inerentes ao setor.
A reunião teve a participação de entidades e de indústrias. Ficou acertado um novo encontro, no próximo dia 21, para a inclusão de entidades e para dar sequência ao cronograma de metas estabelecidas pelo Cade.