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Dilma quer mais apuração sobre apagões

Presidente não se conformou com explicações de "falha humana" e exigiu detalhamento técnico do problema

Falha da semana passada foi a quarta nos últimos meses e a terceira de grandes proporções no país

JÚLIA BORBA NATUZA NERY BRENO COSTA DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff não se contentou com as explicações dadas sobre as causas do apagão ocorrido no Nordeste na última semana e exigiu um detalhamento técnico sobre o problema.

Durante toda a tarde ela esteve reunida com o ministro interino Márcio Zimmermann (Minas e Energia), a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) e o diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Nelson Hubner.

O encontro, que durou cerca de duas horas, ocorreu pouco depois que Hubner admitiu ter havido falha humana no episódio que deixou Estados das regiões Norte e Nordeste sem energia por mais de quatro horas na sexta.

"Não acredito que tenha sido intencional, mas houve falha humana", disse Hubner.

O diretor defendeu ainda que esse tipo de erro não é admissível. "Isso precisa ser corrigido. Houve falha na programação do equipamento. Temos que coibir que falhas como essas possam acontecer", completou.

A presidente, no entanto, não está satisfeita com as justificativas para o caso.

O encontro de ontem já estava agendado antes da declaração de Hubner, mas deveria servir para discutir a tramitação da Medida Provisória sobre a renovação das concessões do setor elétrico, uma vez que o trâmite no Congresso vai começar a partir de hoje.

Segundo a Folha apurou, a presidente foi incisiva ao cobrar respostas e destacou que não irá se contentar apenas com a justificativa de "falha humana".

Dilma pediu para saber exatamente qual foi o erro, seja ele qual for -programação do sistema, manutenção, falta de pessoal ou da capacidade dos equipamentos.

Por enquanto, o único ponto pacificado no tema, para o Planalto, Ministério de Minas e Energia e Aneel, é que não houve sabotagem no sistema do Nordeste.

OUTROS CASOS

Em pouco mais de um mês ocorreram quatro apagões no país. O primeiro atingiu 11 Estados das regiões Nordeste e Norte e durou 50 minutos. Até o momento, o relatório sobre o incidente ainda não foi divulgado. Informações preliminares indicaram que a causa foi queima de transformador na subestação de Imperatriz (MA).

Poucos dias depois, pane em outro transformador na subestação de Foz do Iguaçu, que pertence ao sistema de Furnas, deixou cidades de ao menos cinco Estados sem luz por pouco menos de meia hora. Foram afetadas áreas do Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Acre, Rondônia e parte do Centro-Oeste.

O terceiro caso aconteceu por causa de uma falha de um disjuntor em uma subestação de Furnas e na rede da CEB (Companhia Energética de Brasília) e afetou apenas a capital federal.

Na última semana, o sistema de proteção da linha de transmissão Colinas-Imperatriz não funcionou e o novo apagão afetou as regiões Norte e Nordeste do país.


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