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Influência do país no PIB é limitada, afirma governo

DE SÃO PAULO

O governo brasileiro nega que a dependência da economia brasileira em relação à China seja grande. O argumento é que, apesar de a China ter se tornado o principal destino das exportações do Brasil, o peso do setor externo no PIB é pequeno.

As exportações brasileiras representaram 12% do PIB em 2011 (ante 29% na China, 25% na Índia, 32% no México e 31% na Rússia). Isso limitaria a influência da China.

Mas analistas argumentam que, além desse efeito direto do comércio exterior, há outros canais que aumentaram a dependência da economia do país em relação à China.

As contas da Pimco, por exemplo, levam em conta vínculos indiretos, como investimentos feitos no setor de commodities brasileiro por empresas nacionais e estrangeiras (não apenas chinesas), devido ao apetite do gigante asiático por bens como minério de ferro, petróleo e soja.

COMMODITIES

Economistas falam de outro efeito indireto: o preço das commodities que o país exporta. Tais valores tendem a cair num contexto de menor demanda do país asiático.

"Isso reduz o valor das exportações de commodities que o Brasil vende não apenas para a China mas para todo o mundo", diz Volpon.

O valor das exportações de produtos básicos brasileiros recuou 5,4% entre janeiro e setembro deste ano ante o mesmo período em 2011.

Essa queda tem sido puxada principalmente pelo recuo no valor do minério de ferro (que atingiu 25,4% no mesmo período), na esteira da menor demanda chinesa.

Apesar do efeito do parceiro comercial na desaceleração da economia brasileira, analistas dizem que há outras causas domésticas.

"O Brasil enfrenta um problema que é a baixa produtividade de vários setores da economia", diz o economista Cláudio Frischtak.

O economista Sergio Vale, da MB Associados, acredita que "a relação do baixo crescimento do Brasil com a China é bem tênue".

Para ele, a ausência de reformas para aumentar a produtividade (medida da eficiência de uma economia) é uma das principais causas da desaceleração brasileira.

Lupin, da Pimco, vê sinais de que o governo caminha na direção de atacar os gargalos que limitam o aumento da oferta de bens e serviços (como deficiências de infraestrutura): "Vai contribuir para que o potencial de crescimento do país esteja mais centrado em suas próprias mãos".


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