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Táxi ícone de Londres está próximo do fim

Fabricante dos "black cabs" enfrenta dificuldade financeira e é gerida por auditoria

RODRIGO RUSSO DE LONDRES

Os tradicionais táxis pretos, considerados um dos principais símbolos de Londres, correm o risco de não mais serem produzidos.

A Manganese Bronze, que os fabricava desde 1948, declarou no fim de outubro que não tem condições financeiras para prosseguir com os negócios. Já é administrada pela PricewaterhouseCoopers, uma das maiores auditorias no mundo.

Apesar de ser o último ano em que obteve resultado positivo, foi em 2007 que a crise na companhia dos "black cabs" começou. No mês de outubro, a empresa teve de fazer um recall de segurança de 400 carros.

Do início de 2012 até 11 de outubro, quando as ações pararam de ser negociadas, a companhia havia perdido dois terços de seu valor.

Após uma negociação sem sucesso com a chinesa Geely, segunda maior acionista da empresa, a Manganese Bronze não resistiu. Agora espera que a PwC consiga encontrar interessados em continuar a produção dos famosos táxis.

Procurada pela Folha, a direção da London Taxi Company, braço da Manganese, disse que não comentaria os problemas porque já não tem mais poder sobre a situação. Anteriormente, executivos da empresa disseram não saber se a produção de táxis seria retomada -uma ameaça a seus quase 300 funcionários.

VANS

Nos últimos anos, o modelo tradicional de táxis pretos, espaçoso e confortável para os passageiros, começou a ser ameaçado pela entrada de veículos no estilo van no mercado, no fim de 2008.

A Mercedes-Benz produz um concorrente, o Vito, e diz ter alcançado 40% da frota de Londres, estimada em 22 mil carros. A Peugeot também tem um modelo desenvolvido para taxistas, e a Nissan ingressará no mercado londrino no ano que vem.

A imprensa britânica lamenta a situação da companhia e a possibilidade de um ícone da cidade, homenageado na cerimônia de encerramento da Olimpíada de Londres, desaparecer.

Em artigo na revista "Spectator", o jornalista Martin Vander Weyer pede que a indiana Tata assuma os negócios, assim como fez com a Jaguar Land Rover, e torne os táxis novamente um sucesso.

Um dos blogs do jornal "Guardian" afirma que os táxis são o mais emblemático meio de transporte da cidade -embora seus preços sejam altos- e que têm um ar de gentileza e discrição ímpar.


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