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Funcionário mais 'fiel' é atrativo da região para indústria

Rotatividade no Nordeste é menor que em SP, reduzindo custo das empresas com treinamento e formação de pessoal

Tendência brasileira tem paralelo com os EUA, onde mão de obra barata levou serviços até para outros países

DE SÃO PAULO

A alta rotatividade enfrentada pelas companhias de call centers em grandes cidades, onde a disponibilidade de emprego tende a ser maior, é um dos principais motivos para a mudança de rumo do setor para o Nordeste.

Em alguns municípios da região, segundo a ABT (Associação Brasileira de Telesserviços), o índice chega a ser metade do registrado, por exemplo, na capital paulista, onde fica em torno de 5% do total de empregados.

"Rotatividade alta significa mais gastos para capacitação e treinamento. Além disso, os funcionários que permanecem mais tempo são mais dedicados, portanto, mais eficientes", diz Topázio Silveira, presidente do conselho deliberativo da ABT.

"O tempo médio de casa em cidades médias é de um ano e dois meses, seis [meses] a mais que em grandes centros", afirma Cássio Azevedo, da AeC, que abriu neste ano unidade em Campina Grande, no interior da Paraíba.

Contratada em maio para a operação da companhia, a estudante de administração Mayrana Costa, 23, já passou por duas seleções internas, que a levaram à posição de coordenação. Hoje, ela é responsável por um grupo de cerca de 200 operadoras.

Segundo a jovem, que trabalhava no comércio da cidade paraibana, o que a atraiu para a função foi a possibilidade de fazer carreira em uma grande empresa.

ESTADOS UNIDOS

A migração das empresas brasileiras para regiões de menor custo tem paralelo com o cenário norte-americano, diz Roberto Meir, da Abrarec (Associação Brasileira das Relações Empresa Cliente).

Nos EUA, as companhias do setor começaram a migrar para cidades do interior e, na década de 90, para outros países, sempre em busca de mão de obra mais barata.

"Não faz sentido ter um call center em Manhattan, assim como não vai fazer mais sentido, em pouco tempo, ter um em São Paulo", diz Meir.

Estima-se que 30% dos operadores que atendem consumidores nos Estados Unidos estejam em outros países.

O movimento começou pela Índia, mas hoje já se transferiu para outras nações.

Segundo o sindicato dos trabalhadores da indústria nos EUA, a CWA (Communications Workers of America), as Filipinas ultrapassaram a Índia no ano passado como o principal destino das operações terceirizadas de call center dos Estados Unidos.

Atualmente, o setor emprega 4 milhões de pessoas em solo americano -ou 3% da força de trabalho do país.

De acordo com a CWA, no entanto, 500 mil empregos foram perdidos desde 2006 por causa da terceirização dos serviços de call center.


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