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Até abrir conta no banco é difícil para empresário que volta ao país

DE BRASÍLIA

Depois de mais de duas décadas nos Estados Unidos, o mineiro André Ferreira da Costa, 45, decidiu voltar ao Brasil. A partir de 2008, a crise financeira e imobiliária nos EUA afetou gravemente sua empresa de construção civil, no Estado da Flórida.

Em seis meses, com a redução da clientela, o número de funcionários caiu de 250 para apenas 20. "Eu já não tinha mais trabalho, estava passando por dificuldade", lembra.

Há dois anos, André, a mulher e os dois filhos retornaram em definitivo.

O empresário, que obteve a cidadania americana, decidiu reproduzir aqui a experiência que adquiriu lá e abriu um negócio no mesmo ramo, em Governador Valadares (MG). A mudança, entretanto, não foi simples.

"Foi tudo difícil, tanto socialmente como economicamente. Infelizmente, o governo brasileiro não dá apoio nenhum ao imigrante quando ele está voltando."

Ele encontrou obstáculos em questões simples: desde a abertura de uma conta no banco até a orientação sobre onde investir os recursos acumulados no exterior.

O empresário afirma que a ajuda veio de cursos de capacitação oferecidos pelo Sebrae. A entidade, em parceria com a Caixa Econômica Federal e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, desenvolve em Minas Gerais um projeto com foco nesses brasileiros, que voltam após longo período no exterior.

Alanni Castro, coordenadora do projeto no Estado, afirma que muitas empresas abertas por esses brasileiros fracassam por falta de planejamento e informações.

"O recurso é muito suado. Essas pessoas ficam dez, 15 anos fora do Brasil e, quando voltam, é preciso que o dinheiro seja bem investido, para que ele não volte a emigrar." A iniciativa do Sebrae será reproduzida em breve em Goiás.


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