Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Foco
Nos EUA, vale empurrar segurança e 'roubar' oferta do cliente ao lado
Julie Jacobson/Associated Press | ||
Consumidores batalham para pegar produtos na 'Black Friday' em Las Vegas, nos EUA |
Na Sephora, pilhas de amostras grátis para quem chegasse primeiro. Na Toys "R" Us da Times Square, Nintendo Wii com 75% de desconto e promoções "compre um videogame e leve outro por US$ 1".
Na Uniqlo, camisolas, pijamas e roupas de baixo de inverno por US$ 9,90.
Das lojas da Victoria's Secret à Apple, havia gritaria na "Black Friday", a Sexta-Feira Negra que é o melhor dia do ano para o varejo americano. Muitas vozes em português brasileiro gritavam macetes em Nova York para sobreviver à avalanche humana.
Entre as dicas, empurrar os seguranças e os clientes à frente, pegar os produtos que estiverem nas primeiras prateleiras e erguê-los para cima, pois as regras de etiqueta da "Black Friday" autorizam que se arranque a boa oferta do desconhecido vizinho.
No caso dos iPads mini ou das caixas dos XBox, agarrá-los perto do peito, pois o estoque podia acabar logo e a caixa é fácil de ser puxada.
Considerado o maior feriadão norte-americano, o Dia de Ação de Graças é comemorado no país oficialmente desde 1621, depois de uma boa colheita em Plymouth, Massachusetts.
Na sexta-feira após a comilança, o varejo aproveita para fazer as maiores liquidações do ano, em um raro feriado que os americanos aproveitam para emendar.
Como muitos consumidores acabavam se negando a acordar às 4h -filas são comuns às 5h para lojas que abrem às 6h-, a tradição passa por mudanças.
Várias lojas adiantam a "Black Friday" para quinta às 20h, fazendo famílias antecipar a ceia de Ação de Graças para as 16h, a tempo de aproveitar os descontos.
As compras da "Black Friday" servem de termômetro da economia norte-americana. A Bolsa de Nova York subiu ontem 1,4% e teve a melhor semana em cinco meses, em meio ao otimismo de que o consumo possa ter superado as expectativas.