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Poucos Estados são atrativos para investidor, diz pesquisa

Apenas seis têm ambiente de negócios considerado ao menos bom em ranking

Estudo mostra fraqueza em regulação, tributos e infraestrutura, mas indica melhora em sustentabilidade

ÉRICA FRAGA DE SÃO PAULO

A maior parte dos Estados brasileiros tem um ambiente de negócios pouco atrativo para investidores de fora.

É o que o mostra estudo realizado pela consultoria britânica EIU (Economist Intelligence Unit) com patrocínio do CLP (Centro de Liderança Pública).

Em média, as 27 unidades da Federação receberam nota 41,5 (de um total possível de 100) para os 26 indicadores avaliados, distribuídos em oito categorias.

Pontuações entre 25 e 49,9, segundo a EIU, indicam um desempenho "moderado" no Ranking de Competitividade dos Estados Brasileiros. Dos 27 Estados, 18 foram classificados nessa categoria.

Apenas cinco têm um ambiente de negócios considerado "bom" (entre 50 e 74,9). E somente São Paulo obteve pontuação mais elevada (77,1), enquanto três Estados receberam nota baixa (menor do que 25).

Os Estados foram bem avaliados em sustentabilidade e ações para atração de investidores estrangeiros (nota média acima de 50). O quesito que recebeu nota média mais baixa foi ambiente regulatório e tributário (23,1), seguido por infraestrutura (26,9) e inovação (32,6).

"O ranking mostra que os Estados têm alguns pontos fortes, mas que, de forma geral, ainda precisam melhorar muito", diz Luiz Felipe D'Avila, presidente do CLP.

DETERIORAÇÃO

O ranking foi elaborado pelo segundo ano seguido. Em relação a 2011, 13 das 27 unidades da Federação receberam nota média mais baixa.

Mas, segundo Robert Wood, analista da EIU que coordenou o estudo, a deterioração é, em parte, explicada por dados que foram examinados pela primeira vez neste ano, como o número de novas normas tributárias adotados por mês (computado pela Thomson Reuters FISCOSoft).

"Por causa desses novos dados, a comparação com 2011 precisa ser feita com cautela. Mas é possível dizer que o panorama desses Estados com nota média mais baixa é pior que o revelado pelo ranking anterior", diz Wood.

DESACELERAÇÃO

A desaceleração da economia brasileira (que afetou, em maior ou menor escala, todos os Estados, segundo estimativas da consultoria) também ajuda a explicar a piora nas notas médias de algumas unidades da Federação.

Wood diz que essa piora foi, em parte, compensada por uma melhora em ações para melhorar a sustentabilidade econômica.

Entre os Estados que tiveram piora em sua avaliação geral, estão os primeiros colocados do ranking: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

O Distrito Federal amargou a maior queda de pontos (7,9) e, com isso, recuou no ranking. Segundo Wood, a piora é explicada principalmente por deterioração do ambiente político em consequência do escândalo de corrupção que afetou o governo.


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