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Ambev propõe mudança societária, e ações sobem 11%

Gigante de bebidas quer converter papéis sem voto em votantes, alinhando-se às demais companhias do setor

Mudança permite à Ambev oferecer suas ações como moeda no caso de compra de outra companhia global

TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO

Maior companhia brasileira em valor de mercado, a Ambev propôs uma reorganização societária para se alinhar às demais empresas de bebidas globais.

Pela proposta, cada ação PN (preferencial, sem direito a voto) será convertida em ON (ordinária, com voto). Segundo a empresa, o objetivo é equilibrar os direitos dos acionistas controladores e minoritários, melhorar a transparência e elevar o número de negócios com as ações da companhia.

A empresa descarta aderir ao Novo Mercado da BM&F Bovespa, segmento de listagem com padrões mais rígidos de transparência e respeito aos minoritários, que só tem ações ON.

Com a mudança, ficará mais fácil para a Ambev oferecer suas ações como moeda se quiser comprar uma empresa estrangeira.

No caso de fusão e aquisição, minoritários com ação ON têm direito a receber 80% do prêmio de controle se houver mudança no comando, o chamado "tag along".

A proposta levou ontem a uma alta de 11,29% no valor das ações ON, que subiram de R$ 76,60 para R$ 85,25 de sexta-feira para ontem.

Com isso, diminuiu a defasagem em relação às ações PN, que têm preço maior pela facilidade de negociação. Ontem, as PN terminaram em R$ 87,90, com alta de 0,43%.

"Nossa intenção é simplificar a estrutura acionária e assegurar que todos os acionistas tenham direitos iguais", disse Nelson Jamel, diretor de Relações com Investidores da Ambev.

A operação, que gera um benefício fiscal de R$ 105 milhões, deve passar por uma assembleia de acionistas, prevista para ocorrer em maio do próximo ano.

Além da conversão das ações, a Ambev propõe ampliar de 35% para 40% o pagamento mínimo de dividendos aos acionistas e a incorporação de mais dois conselheiros independentes ao conselho de administração.

Na avaliação da corretora Planner, a mudança é positiva para os acionistas.

O banco Barclays espera um aumento no número de negócios com as ações. "Os acionistas minoritários da Ambev estavam há muito tempo preocupados em relação a conflitos de interesse com os controladores. Essa nova estrutura vai mitigar a percepção desse risco", afirmou o banco, em relatório.


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