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Recuperação da indústria surte efeito no emprego do setor

Alta de 0,4% em outubro anula as perdas dos dois meses anteriores, afirma o IBGE; no ano, queda ainda é de 1,4%

Melhora sinaliza reação do setor, que já dá sinais de retomada do número de horas destinadas à produção

PEDRO SOARES DO RIO

Diante da retomada da produção da indústria, o emprego no setor começou a esboçar uma recuperação e, em outubro, parou de cair, depois de dois meses seguidos de taxas negativas.

Naquele mês, a alta de 0,4% anulou as perdas de agosto e setembro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A melhora ocorre depois de a produção industrial voltar a crescer -ainda que não de maneira contínua- e sinaliza uma reação do setor, que já dá alguns sinais de retomada do número de horas destinadas à produção.

Esse indicador, que aponta o crescimento futuro das contratações, e o maior uso de horas extras cresceram 1,1% em outubro na comparação com setembro.

Para o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento da Indústria), o avanço do emprego em outubro foi "expressivo" e "acompanha com defasagem a recuperação da produção industrial", que ocorre desde julho.

"Se repetido em novembro e dezembro, esse ritmo de evolução do emprego industrial suavizaria a queda esperada no acumulado deste ano e apontaria para uma nova trajetória de recuperação da ocupação na indústria ainda no final de 2012", prevê o Iedi em sua análise dos dados de outubro.

Apesar de interromper a tendência de queda, o emprego ainda se mantém aquém do ano passado. Na comparação com outubro de 2011, houve recuo de 1,2%, o menor desde abril (1,4%). Trata-se, porém, do 13º resultado negativo consecutivo.

"O fato é que 2012 tem sido muito ruim para o emprego industrial", afirma o Iedi.

Diante disso, a expectativa é de uma retração do emprego no setor neste ano. De janeiro a outubro, a indústria acumula uma perda de 1,4%.

SETORES E REGIÕES

Pelos dados do IBGE, alguns setores antes prejudicados pelo câmbio e pelo maior ingresso de importados começam a reagir e recuperar postos de trabalho, como as indústrias químicas e de borracha e plásticos. O ramo de alimentos foi outro destaque.

Por seu turno, seguem com fraco desempenho ramos tradicionais e que empregam muito, como vestuário, calçados e couro e têxtil.

Regionalmente, as perdas de maior impacto foram registradas pelos Estados de São Paulo, da Bahia e do Rio Grande do Sul, na comparação com outubro do ano passado. Já as altas mais significativas ficaram com Paraná e Minas Gerais.


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