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Bunker da informação

Com explosão de dados da era digital, mercado de datacenters no Brasil cresce em ritmo recorde e ganha sofisticação

DE SÃO PAULO

O mercado brasileiro de datacenters deverá registrar em 2012 o melhor ano de sua história, marcado por uma expansão recorde no número de novos empreendimentos e na área útil destinada ao armazenamento de dados.

Essas estruturas, que se assemelham a verdadeiros bunkers, dada a atenção a procedimentos de segurança e ao uso de tecnologias para resistir a apagões e fenômenos naturais, abrigam servidores e discos com informações digitais de milhares de companhias e consumidores.

O país deve encerrar o ano com 98 datacenters de grande porte em operação, além de 3.500 de tamanho médio e 44 mil pequenos.

O número total de empreendimentos representa crescimento de 20% em relação às unidades do ano passado, segundo dados da consultoria especializada em tecnologia Gartner. Em área útil, a expansão será de 26%.

"O mercado deverá crescer 40% até 2015", estima Henrique Cecci, diretor de pesquisa de datacenter da Gartner.

INTERNET

Segundo especialistas, o crescimento do setor ocorre, principalmente, em razão do aumento de volume de informações digitais em circulação -reflexo, por sua vez, da expansão do acesso à internet e às tecnologias móveis.

Esse movimento obriga as empresas a investir em armazenamento e administração de dados, de forma interna ou terceirizada.

O aquecimento também resulta da maior adoção, pelas empresas, da tecnologia de computação em nuvem. Nela, as companhias passam a "alugar" softwares e infraestruturas de TI (tecnologia da informação) em vez de investir em estrutura própria.

INVESTIMENTO

"A tendência de adoção da computação em nuvem é irreversível", diz Ney Rodrigues, diretor da Embratel, que inaugurou em setembro um novo datacenter em São Paulo, um investimento de

R$ 100 milhões. A empresa planeja construir outro centro no Rio de Janeiro em 2013 para atender esse mercado.

Líder em área total de datacenters no país, a UOL Diveo, empresa do Grupo Folha, tem crescido apoiada no boom do comércio eletrônico. A empresa atende 90% das empresas de e-commerce do país, diz o presidente da UOL Diveo, Gil Torquato.

O movimento desperta o interesse de competidores internacionais. Em 2011, o grupo carioca Alog, que tem três datacenters em São Paulo e constrói outro no Rio, foi adquirido pela americana Equinix, líder no segmento nos EUA. "Crescemos 30% ao ano desde 2005", diz Eduardo Carvalho, presidente da Alog.


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