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Inflação acelera e indica alta no início do ano que vem

Alimentos e serviços, puxados por passagens aéreas e empregada doméstica, voltaram a subir neste mês

Resultado fica abaixo do verificado em 2011 (6,56%), mas não sem a ajuda do governo, afirma economista

MARIANA CARNEIRO DE SÃO PAULO

Mesmo com a ajuda do governo, que reduziu o IPI de automóveis e adiou o reajuste da gasolina para o ano que vem, a inflação de 2012 deve fechar o ano em aceleração.

Na prévia de dezembro do IPCA (índice de preços que mede a inflação oficial), divulgada ontem pelo IBGE, preços de alimentos e serviços, como passagens aéreas e emprega doméstica, voltaram a subir. Além de cigarros, energia e gás de botijão.

Com isso, a prévia do IBGE apontou uma inflação de 0,69% em dezembro, acima da de novembro (0,54%) e de 5,78% no ano.

O resultado ficou abaixo do verificado em 2011 (6,56%), mas teve o esforço do governo. Não fosse a redução do IPI dos automóveis, a contenção dos preços da gasolina pelo governo federal e das tarifas de ônibus pelos prefeitos em eleição, a inflação teria encostado no teto da meta pelo segundo ano seguido.

Segundo o economista Luiz Roberto Cunha, da PUC-RJ, a inflação teria chegado a 6,3% em 2012.

A ação do governo que ajuda o Banco Central no controle da inflação vai prosseguir no ano que vem, como indicou o ministro Guido Mantega (Fazenda) ontem.

O IPI dos automóveis e eletrodomésticos não voltará a subir até junho, e novas desonerações tributárias não estão descartadas. Além disso, é esperada a redução de 16% da tarifa de energia elétrica, prevista para fevereiro.

"O BC deve contar ainda que não deve haver novo choque nos preços de alimentos, e os serviços não subirão tanto, com um aumento menor do salário mínimo", diz Cunha. O reajuste será de 8,5%, contra 14% em 2012.

Ainda assim, a inflação de 2013 deve ficar ao redor de 5,42%, projetam analistas na pesquisa Focus, do BC.

No primeiro trimestre, prevê Cunha, a inflação acumulado em 12 meses deve se aproximar do limite da meta (6,5%), devido ao aumento da gasolina, das tarifas de ônibus e de altas típicas dessa época do ano, como alimentos "in natura" e educação.

"O BC está começando a se mostrar preocupado com a inflação. E a primeira atitude foi evitar a desvalorização do real", diz José Márcio Camargo, da Opus Investimentos.

Se ajuda a indústria, a desvalorização do real não freia os aumentos de preços de alimentos vindos do exterior e encarece bens importados.


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