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Pequenas garantem emprego em alta

De janeiro a novembro de 2012, menores empresas criaram 1,13 milhão de vagas, contra 286 mil das médias e grandes

Com profissionalização de empreendedores, tendência deve se manter; já há falta de mão de obra qualificada

FILIPE OLIVEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

As micro e pequenas empresas foram as responsáveis pela maior parte das contratações de 2012: até o final de novembro, criaram 1,13 milhão de novos empregos formais. No mesmo período, médias e grandes empresas haviam preenchido cerca de 286 mil postos.

O número de contratações só foi positivo em novembro -dados mais recentes- graças às micro e pequenas empresas, com 90.950 contratações, enquanto grandes e médias demitiram 44.855.

Os números são de levantamento realizado pelo Sebrae Nacional com os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado mensalmente pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Segundo o levantamento, comércio e serviços são os setores que mais contrataram nos últimos meses, o primeiro devido à proximidade das festas de final de ano.

O diretor-presidente do Sebrae, Luis Barretto, vê no resultado um retrato da importância das pequenas empresas na economia brasileira. Nos cálculos da entidade, elas são quase 7 milhões e representam 99% do total de empresas do país.

Barretto também vê uma mudança do perfil do empreendedor, que traz melhoras para a gestão: "Antes ele abria um negócio próprio por necessidade. Hoje, a cada três pessoas que iniciam um empreendimento, duas são por uma oportunidade."

Clemente Gamz Lúcio, diretor-técnico do Dieese, diz que o ritmo de contratações das pequenas empresas tem relação com aumento da renda do brasileiro.

POUCA MÃO DE OBRA

O impacto das pequenas no mercado de trabalho só não é maior porque também elas têm tido dificuldade em recrutar funcionários.

Sócio-diretor de uma fábrica de esquadrias de alumínio para construção, Leandro Moraes, 44, viu suas operações crescerem quando passou a vender apenas diretamente para construtoras.

Moraes conta que a empresa familiar tem 35 anos e que participa das atividades dela desde jovem. Agora, entre o grupo de funcionários do negócio, também incluiu suas duas filhas que atuam na área administrativa.

A mais nova contratada do grupo chegou no dia 1º de janeiro para ajudar na área comercial. Porém, ele diz ter tido dificuldade para encontrar profissionais com qualificação técnica para ser serralheiro. Caso encontrasse, contrataria ainda mais. "O Brasil está a beira de um apagão de mão de obra", diz.


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