Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Com PIB de 3%, país teria 'pré-racionamento'

TATIANA FREITAS DE SÃO PAULO

Se a economia brasileira tivesse crescido o triplo do registrado no ano passado, o país estaria à beira de um racionamento de energia, segundo especialistas.

Até novembro de 2012, o consumo de energia elétrica ficou em 411.000 GWh, alta de 3,6% ante igual período de 2011. No acumulado do ano, ele deve atingir 443.000 GWh, segundo cálculos da consultoria Andrade & Canellas que consideram um PIB de 1%, no teto das estimativas.

Já com um crescimento econômico de 3%, o consumo atingiria 454.000 GWh em 2012, ou 2,5% maior do que o que será efetivamente registrado, estima a consultoria, assumindo o mesmo volume de chuva dos últimos meses.

"Nesse cenário, provavelmente já estaríamos numa prévia de racionamento", diz João Carlos Mello, presidente da Andrade & Canellas.

O Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) tem uma estimativa semelhante para o consumo de energia com um PIB de 3% (456.000 GWh).

Nesse caso, acrescenta o instituto, o nível dos reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste teria fechado o ano em 25,2%, ante os 28,9% observados no fim de 2012.

"Estaríamos, em dezembro, abaixo da curva de aversão ao risco (28%) e abaixo do valor registrado em 2001, quando houve racionamento", afirma Adriano Pires, presidente do CBIE.

A indústria, responsável por 40% do consumo, "livrou" o país de um racionamento. Com a queda na produção, o consumo do setor ficou estagnado até novembro.

Já comércio e serviços demandaram 7,7% mais energia, enquanto as residências consumiram 4,8% a mais, segundo o governo. Além da expansão da atividade e do maior uso de eletrônicos, o calor contribuiu para o aumento, diz Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página