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Cidade busca redesenho para evitar caos

Crescimento econômico expõe urbanização problemática e leva Montes Claros a estudar projeto de revitalização

Com ruas estreitas, trânsito e transporte são desafios e levam a estudo urbanístico que ainda não saiu do papel

DO ENVIADO A MONTES CLAROS

Montes Claros tem pela frente o desafio de se redesenhar em meio ao crescimento em busca de caminhos para desafogar o trânsito e melhorar o transporte público.

Moc, como muitos a chamam, vive disputas caóticas em suas ruas estreitas. Carro contra pedestre e motos, ônibus versus mototáxis e muitas bicicletas. Até carroças de lixo entram nessa disputa.

O município tem, segundo o Detran-MG, 92 mil carros e 69,8 mil motos. São tantas motos que um shopping criou um serviço exclusivo para a guarda de capacetes.

Diante dos desafios, a prefeitura contratou em 2010 o escritório do urbanista Jaime Lerner para fazer um estudo e um projeto de revitalização, com intervenções urbanas.

Dois anos depois, quase nada saiu do papel -só uma rua no centro histórico sofreu intervenção e um armazém ferroviário está em fase inicial de recuperação.

O projeto propõe áreas verdes com ciclovias, valorização do centro e criação de duas avenidas de integração.

Para a arquiteta Gianna de Rossi, sócia de Lerner, Montes Claros precisa, diante do avanço econômico, preservar a memória e oferecer transporte de qualidade. Segundo ela, a cidade deve conciliar a questão ambiental com espaços de convivência urbana.

"Essas decisões precisam ser tomadas agora", afirma.

Marcos Fábio Oliveira, ex-secretário municipal de Planejamento, cita o "enorme potencial de crescimento", mas vê a visão imediatista como um grande obstáculo.

"A cidade está cheia de problemas do passado e que ainda pesam", diz. "Essa discussão não chega à população, preocupada com questões mais imediatas, como o asfalto ruim ou a falta dele."

CRIMINALIDADE

A violência também é fonte de preocupação na cidade. Em 2011, aumentou a taxa de crimes violentos em relação a 2010, de 414,76 para 452,49 por 100 mil habitantes, segundo o governo mineiro. Em comparação com 2004, porém, houve queda de 41%. Os homicídios cresceram: foram 79 em 2011.


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