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Foco

Tornados retardam entregas da FedEx, a 'que nunca atrasa'

Tempestades fecham aeroporto que recebe 99 pousos e decolagens de aviões da empresa por hora e atrasam envio das encomendas

MARIANA CARNEIRO ENVIADA A MEMPHIS, TENNESSEE (EUA)

A empresa americana FedEx, de entrega de encomendas e logística, ganhou mercado com a promessa de entregar pacotes na hora combinada, de preferência em poucas horas. Mas, na última terça, foi vítima do tempo.

Uma tempestade atingiu o sul dos EUA e tornados foram registrados no Estado do Tennessee, sede do quartel-general da FedEx.

Naquela noite, o relógio da companhia atrasou meia hora.

Era quase meia-noite e 10 mil funcionários começavam a rotina de separar o cerca de 1,5 milhão de encomendas que passam pelo aeroporto de Memphis toda noite.

Em geral, são pacotes para os EUA, mas também saem de Hong Kong rumo a São Paulo ou de Paris em direção a Bogotá.

No hub (centro de logística) da FedEx em Memphis, trabalham 10 mil pessoas à noite - mais gente do que em muitas cidades do Brasil.

São 99 pousos e decolagens a cada hora -cerca de um a cada 30 segundos. Mas chovia muito, com fortes ventos e relâmpagos, e as pistas ficaram cheias d'água. O aeroporto foi fechado por cerca de uma hora, no momento de maior movimento do terminal e, no rosto do funcionário que apresentava a empresa à Folha, o semblante era de alguma frustração.

No refeitório, funcionários esperavam para descarregar os aviões. Nas esteiras de triagem, o movimento era menor do que o habitual.

RADAR

Segundo Paul Tronsor, diretor do controle global de operações, o possível atraso estava no radar da FedEx desde a manhã daquele dia.

A companhia opera com 660 aeronaves -segundo a FedEx, a maior frota civil do mundo. Por isso, a meteorologia é fundamental.

Para contornar o problema, diz Tronsor, aviões que tinham como destino Memphis foram superabastecidos para poder sobrevoar a cidade até que a tempestade passasse. Ainda assim, 34 dos 144 aviões cargueiros tiveram o plano de pouso alterado.

Pelo menos 24 pousaram em cidades próximas, como Nashville, Dallas, Saint Louis e Atlanta, para reabastecer.

Tronsor diz que os aeroportos foram avisados de que poderiam receber aviões da FedEx naquela noite. A ordem era reabastecê-los e despachá-los de volta a Memphis.

Marcus Martinez, gerente de operações do hub de Memphis, afirmou que descarregar e cumprir o resto do trajeto por terra é inviável. A separação das cargas em Memphis é feita por máquinas.

REAÇÃO

Tronsor disse ainda que a empresa decidiu avisar clientes mais sensíveis ao prazo, na tarde de terça-feira, de que poderiam ter problemas na entrega. Na manhã seguinte, a empresa avisou mais clientes pela internet.

"Não foi minha culpa. Mas você é o cliente e não se importa com isso. A única coisa que lhe interessa é onde está a sua encomenda", diz Tronsor. "Esses episódios são inevitáveis, por isso é importante a capacidade de reação."

O atraso provocou uma reação em cadeia, que afetou em duas horas parte da operação no dia seguinte.

"Bem que gostaríamos de controlar o tempo, mas não conseguimos. Ainda."


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