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Ordem no Planalto é manter 'sangue-frio'

VALDO CRUZ DE BRASÍLIA

A inflação alta de janeiro "preocupa" e deixa o BC "desconfortável", mas a ordem dentro do governo é ter "sangue-frio" e evitar "medidas fortes" diante da avaliação de que os índices vão recuar.

Por enquanto, então, continua valendo a mais recente ata do Copom, que manteve a sinalização de que a política monetária deve ficar estável por um "tempo suficientemente prolongado".

Uma mudança nessa orientação virá se o cenário traçado pelo BC sofrer alterações. Nele, a inflação acumulada em 12 meses ficará na casa dos 6% até o fim do primeiro semestre, mas começa a declinar a partir do segundo.

Segundo o BC, apesar de o mercado fazer uma leitura de que o teto da meta, de 6,5%, pode ser superado nos próximos meses, a instituição não considera isso "provável".

Apesar dessa avaliação, diretores do BC prometem "monitorar de perto" o comportamento dos preços nos próximos meses, sinalizando que podem reagir em caso de novos desvios no cenário deste ano, dividido pelo banco "literalmente em dois": primeiro semestre de inflação em alta, e segundo, em baixa.

O governo sabe que esse cenário fará intensificar as críticas à política econômica de Dilma. Por isso, a ordem de manter o "sangue-frio" até que as medidas já tomadas e as que ainda serão implementadas tenham efeito.

Entre elas, a redução nas tarifas de energia elétrica.

Além disso, o governo prepara novas desonerações tributárias, como de produtos da cesta básica, que vão reduzir o preço de alimentos.

O BC lista ainda quatro razões para confiar no seu cenário de recuo da inflação: câmbio, alimentos, salários e crédito ao consumidor devem ficar mais comportados.

O banco trabalha com um "câmbio mais moderado, bem mais comportado" neste ano, contribuindo para a redução dos preços que sofrem concorrência de produtos importados.

O crédito ao consumidor "vai continuar crescendo, mas a taxas mais moderadas", porque as famílias "já estão bastante endividadas".

O Brasil terá uma safra agrícola recorde e as condições climáticas serão mais favoráveis, o que vão ajudar a conter a alta dos alimentos.

E os salários devem ter correção menor neste ano. O mínimo subiu quase 9%, abaixo dos mais de 14% de 2012.


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