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Análise

Aumento nos juros deve ser última alternativa

MÁRCIO ISSAO NAKANE ESPECIAL PARA A FOLHA

Combinado com a fraca atividade da economia, há um dilema na condução da política econômica para 2013.

Se, por um lado, medidas de estímulo à atividade se fazem necessárias, por outro, tais medidas podem agravar o quadro inflacionário, que está longe de ser confortável.

Se é verdade que o BC já desistiu de buscar a convergência da inflação ao centro da meta (4,5% ao final do ano), a situação atual revela que há risco de estouro do limite superior de 6,5% ao fim de 2013.

A estratégia perseguida pelo governo tem sido a de usar um arsenal de medidas para conter impacto sobre preços.

Dos instrumentos disponíveis, parece que o governo tem seguido uma "pecking order" ("hierarquia das bicadas"), em que o instrumento mais eficaz para atingir o objetivo (taxa de juros) deve ser deixado por último.

Um conjunto inicial de medidas são as de cunho tributário: além das reduções de IPI, ocorreu desoneração importante na energia e o governo já fez declarações sobre isenção para a cesta básica.

Outro conjunto de medidas se refere aos preços administrados. A recente queda nas tarifas de energia elétrica (além do componente tributário) é um exemplo disso.

Em direção contrária está o aumento da gasolina. O reajuste do ônibus em São Paulo e no Rio seguirá o mesmo roteiro do preço da gasolina: adiado até o momento, é inevitável que o reajuste ocorra.

A administração da taxa de câmbio passou a ser outro recurso usado pelo governo no front anti-inflacionário.

Há pouco tempo, medidas macroprudenciais também faziam parte do arsenal possível. Hoje, o grau de liberdade associado a tais medidas diminuiu em razão da importância adquirida por bancos públicos (BB, CEF e BNDES) na expansão do crédito.

E a Selic? A teoria sugere que a administração da taxa de juros básica pelo BC é o instrumento mais eficaz para afetar a inflação.

Mas esse deve ser o último instrumento a ser usado pelo BC em razão da bandeira do governo da queda nos juros.


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