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Investidor nos EUA reduz apostas em shopping centers suburbanos

Concorrência do varejo on-line afeta o desempenho de vendas dos pequenos centros de compra

Hipotecas desses estabelecimentos estão deixando de integrar títulos negociados no mercado de capitais

STEPHEN FOLEY BARNEY JOPSON DO “FINANCIAL TIMES”, EM NOVA YORK

Os investidores do mercado de crédito estão perdendo o interesse pelo setor de shopping centers nos Estados Unidos. As previsões indicam que até 15% dos centros de compras instalados em regiões suburbanas devem fechar nos próximos cinco anos por efeito da concorrência do varejo on-line.

A proporção de propriedades de varejo incluídas em títulos lastreados por imóveis comerciais (CMBS) caiu nos últimos três anos devido às preocupações com o setor.

Nos EUA, mais de 1.300 shopping centers regionais, definidos como aqueles com espaço superior a 40 mil metros quadrados, estão ameaçados pelo comércio digital.

"Creio que 200 deles devam fechar as portas", diz Gerry Mason, diretor-executivo do grupo imobiliário Savills. "Temos cerca de 15% a 20% de capacidade excedente no setor. Há lojas demais, simplesmente."

O futuro dos grandes shoppings, que incluem cinemas, casas de boliche e restaurantes, parece seguro, mas as perspectivas dos centros menores são mais sombrias.

Os operadores estão de olho na saúde de lojas como Sears e JC Penney, cujas vendas estão em queda, e em anúncios como o da cadeia de livrarias Barnes & Noble, que informou que fecharia um terço de suas unidades ao longo dos próximos dez anos.

Os CMBS são títulos financeiros lastreados por hipotecas sobre imóveis comerciais, que variam de edifícios de escritórios a edifícios de apartamentos para locação.

Os imóveis destinados ao varejo respondiam por 56% dos títulos hipotecários que chegaram ao mercado em 2010, de acordo com o banco RBS, mas a proporção caiu a 42% no segundo semestre de 2011 e a 36% no ano passado. Nas transações com CMBS neste ano, a proporção caiu em média a 30%.

O mercado parece se dividir entre grandes e pequenos shoppings. As hipotecas sobre os grandes são mais negociadas em separado, por meio de emissões de CMBS lastreados por um imóvel.

O comércio eletrônico responde por 10% do consumo nos EUA. Na temporada de festas de 2012, as vendas on-line cresceram 14%, e o movimento do varejo apenas 3%, segundo a comScore e a Federação Nacional do Varejo norte-americana.


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