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Empresário alemão quer mudar jeito de brasileiro trocar pneus

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O empreendedor alemão Jan Riehle, 34, está no Brasil há um ano e nove meses, mas ainda não comprou um carro. Tem um plano mais ambicioso: mudar o modo como o brasileiro troca os pneus.

Para isso, criou na web a loja Itaro (www.itaro.com.br), especializada em venda de pneus e já conveniada com cerca de 300 oficinas.

No site, o cliente compra o pneu e escolhe uma oficina para fazer a troca. O agendamento da troca também é feito pelo site.

Porém, Jan diz que ainda é difícil acostumar os brasileiros com a novidade.

"Se você comprar um pneu, o que fará com ele em sua casa? Nada. Mas, até o consumidor aceitar isso, vai demorar."

Para vencer essa barreira, decidiu diversificar os produtos oferecidos pela loja, que deverá trazer acessórios para carros no futuro.

OPORTUNIDADES

Jan trabalhava em um fundo de "private equity" suíço quando foi enviado para o Brasil para dirigir os sites Clickon e Brandsclub.

Para se comunicar com a equipe, aprendeu rápido a falar português e, após a venda das duas empresas, quis permanecer no país.

"O Brasil está no momento correto. É o país para começar empresas de internet."

Ele destaca o tamanho da população e o crescimento da internet no Brasil. "Em cinco anos, o lugar para investir deverá ser o México, depois de dez, talvez, a Nigéria."

Aqui, a primeira empresa que criou foi a eÓtica, de lentes de contato por assinatura e óculos. Atuou como uma espécie de investidor-anjo, montando a equipe e colocando recursos. Fez isso em seis empresas diferentes.

Já na Itaro quis tocar ele próprio o negócio. Explica que o modelo da empresa é mais complexo, porque tem de lidar com a rigidez da indústria automobilística.

"As culturas da indústria de pneus e do e-commerce são muito diferentes. Para mudar isso, tenho que fazer um casamento entre pessoas de internet e da indústria."

Jan diz já estar acostumado ao ambiente brasileiro de negócios, mas que no começo se irritou. O mais difícil foi abrir uma empresa.

"Em Cingapura, você entra na internet e já tem uma [empresa] à noite. Aqui, foram quatro semanas. Agora já sei: em vez de abrir uma empresa, posso comprar outra. Sempre achamos caminhos."

Jan diz trabalhar aos sábados, domingos e também durante as madrugadas. "Se você acha que pode revolucionar o mercado e ter uma vida, esquece."


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