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Jornais nos EUA ganham fôlego, e setor tem otimismo

Novas plataformas e recuperação da economia dão vigor para o segmento

Jornalismo impresso está se estabilizando e expectativa de vida do setor é maior que a esperada, diz analista

LUCIANA COELHO DE WASHINGTON

A aposta dos jornais nos EUA em novas plataformas e a recuperação econômica incipiente do país deram fôlego às empresas tradicionais de mídia impressa no fim de 2012, e analistas já veem sinais de estabilidade no mercado.

Três de quatro grandes grupos de mídia que anunciaram resultados na semana passada tiveram aumento de receita no fim de 2012: a New York Times Company, a dona do "Wall Street Journal" (News Corp.) e a proprietária do "USA Today" (Gannett).

A McClatchy, que publica jornais como o "Miami Herald", manteve-se estável.

No ano fechado de 2012, as donas do "New York Times" e do "USA Today" também ampliaram a receita acima do esperado -o lucro anual da primeira também cresceu.

Um avanço mais forte do setor em 2012 esbarrou nos custos de reestruturação (pagamento de direitos trabalhistas e investimentos, além de mudanças tributárias).

A receita do braço editorial da News Corp., do magnata Rupert Murdoch, teve contração de 0,8% no segundo semestre de 2012 -o ano fiscal da empresa acaba em junho.

O faturamento da McClatchy, do "Miami Herald", caiu 3,1% em 2012, resultado afetado pela redução dos anunciantes e pelo pagamento de dívidas, além de custos de reestruturação.

A empresa, porém, espera melhora neste ano, com maior investimento em meios digitais e assinaturas pagas.

"Parece que o [jornalismo] impresso está se estabilizando, e a expectativa de vida hoje é maior do que a esperada há alguns anos", disse Rick Edmonds, pesquisador do Instituto Poynter especializado em mercado de mídia.

"Mas é muito otimismo apostarmos que o pior já passou", advertiu, evocando o dinamismo do mercado. "Acho que faz sentido, porém, dizer que as coisas melhoraram, sobretudo em relação aos primeiros anos de crise [econômica global]. E estão melhores do que há um ou dois anos porque há mais coisas acontecendo."

Uma das "coisas acontecendo" é o uso do chamado "paywall poroso" -a cobrança para acesso ao site após um determinado número de textos lidos por mês, iniciada pelo "New York Times" e usada também pela Folha e por cerca de 450 jornais nos EUA.

O sistema tem trazido retorno para grandes publicações e também para regionais.

A conjugação de novos elementos (sobretudo vídeo) para explorar as novas plataformas de mídia e a diversificação de produtos não jornalísticos -como assessoria para otimização dos sites das empresas em mecanismos de busca- também estão revitalizando o setor.


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