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Roupa de marca era feita com trabalho análogo a escravo

Responsável pela confecção afirma que terceirização foi "pontual" em dezembro

MARÍLIA ROCHA ENVIADA ESPECIAL A AMERICANA

Roupas fabricadas no interior de São Paulo por um grupo de bolivianos submetidos a trabalho em condições análogas à da escravidão ganhavam etiqueta de marca e depois eram distribuídas e vendidas numa das principais redes de varejo do país.

A oficina de fundo de quintal funcionava na cidade de Americana (SP). Nela, ao menos oito imigrantes produziam peças com a etiqueta "Basic +", sob encomenda da empresa HippyChick.

A marca era vendida nas Lojas Americanas -segundo a fiscalização, não ficou comprovada conivência da rede de varejo com a produção terceirizada das roupas.

A operação do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho aconteceu no fim do mês passado.

O caso foi enquadrado como análogo ao trabalho escravo, por falta de registro em carteira, condições degradantes, moradia precária, aliciamento de trabalhadores e indícios de jornada abusiva.

O Ministério Público do Trabalho firmou um Termo de Ajustamento de Conduta com a HippyChick. No início deste mês a empresa pagou R$ 5.000 de indenização a cada boliviano, além de salário, 13º, férias e FGTS. Foi oferecido emprego aos funcionários, mas eles não aceitaram.

A HippyChick informou que contratou o serviço da oficina de forma "pontual" por causa do aumento na demanda em dezembro de 2012.

Segundo a empresa, a nova gestão, que assumiu em setembro, não teve acesso às instalações internas da oficina nem aos funcionários.


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