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Aprendizado pode começar com cofrinho

Conhecimento financeiro pode ser iniciado antes mesmo da alfabetização e do domínio das operações matemáticas

Educação sobre finança tem potencial para aumentar a taxa de poupança do país, afirma especialista

DE SÃO PAULO

É possível ensinar uma criança a lidar com o dinheiro antes de conhecer as quatro operações matemáticas básicas -adição, subtração, multiplicação e divisão- e da alfabetização.

Mesmo sem saber o valor das moedas, a criança pode ter um cofrinho e aprender que, se renunciar a um apelo hoje, como comprar um chocolate, poderá juntar para comprar um brinquedo e satisfazer a um prazer maior -conceito da poupança.

Com a alfabetização, uma criança tem abstração suficiente para tomar decisões de como gastar o próprio dinheiro, mesmo que não seja da forma mais apropriada.

"É quando os pais podem instituir a mesada semanal. Mas poupar tem de ter um objetivo que pode ser atingido. Não pode ser para a faculdade", disse Cássia d'Aquino, educadora financeira.

Para a criança, é difícil entender antes dos oito anos que o dinheiro que sai do caixa eletrônico não é fabricado lá e vem de um depósito na conta. Só entre nove e dez anos é que se dá conta de que algumas famílias têm mais dinheiro do que outras.

A partir daí pode compreender que o dinheiro colocado na poupança do banco rende juros. E que o banco não deixa o dinheiro parado: empresta a outra pessoa que tem menos do que ele.

Essa pessoa paga juros e o banco divide parte dele com quem fez o depósito.

Nessa hora, as semanadas podem virar mesadas de fato. Dar ações, falar de bolha imobiliária e da crise financeira mundial só vale para pré-adolescentes (13 anos). Antes disso é difícil aceitarem que uma ação é um pedaço da empresa, que um dia pode desabar ou disparar.

ENSINO MÉDIO

No ensino médio, o conteúdo foi aplicado em 900 escolas e chegou a 26 mil alunos em seis Estados.

O primeiro ano é dedicado à organização da vida financeira, como fazer um orçamento e a poupança familiar.

No segundo ano, a ênfase é se planejar para a vida: universidade, casamento, filhos etc. O terceiro insere a pessoa no contexto da economia, mostrando demandas e oportunidades e desafios econômicos das próximas décadas.

"Vimos nas pesquisas que a educação financeira mexe com toda a família e que tem potencial para aumentar a poupança do país", afirmou Silvia Morais, superintendente da AEF (Associação de Educação Financeira).

Ouça orientações para as crianças

folha.com/no1230855


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