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Até países em crise têm avanço maior

Emergentes como o Brasil costumam cresce mais porque população é mais jovem e infraestrutura precisa de aportes

Para especialista, mudanças constantes na tributação acabam desestimulando os investidores no país

DO RIO DO ENVIADO AO RIO

O Brasil cresceu em 2012 menos que países desenvolvidos como o Japão e EUA, economias maduras, mais afetadas pela crise e com uma estrutura etária mais envelhecida -ou seja, com menos pessoas em idade produtiva.

A economia brasileira também ficou atrás do crescimento de países latino-americanos como México e emergentes como a Rússia.

O mais surpreendente, e visto como sinal de preocupação entre economistas, é que o PIB do país se expandiu pouco mais que o da Alemanha (0,7%), país desenvolvido e no olho do furacão da crise europeia.

Espera-se de países em desenvolvimento taxas maiores de crescimento porque a infraestrutura ainda está em processo de construção e a população é mais jovem. É necessário ainda crescer mais para incluir pessoas às classes de consumo.

Para analistas, duas são as razões centrais para o menor crescimento do PIB do Brasil e seu desempenho pior num período de crise: falta de confiança na condução das políticas econômica e monetária e baixo nível de investimento na economia.

Para Juan Jensen, sócio da Tendências, a mudanças constantes na tributação com aumento de impostos para alguns setores e desoneração para outros desestimula investidores. Além disso, em sua avaliação, falta rigidez no controle da inflação e das contas públicas.

Já Sílvia Matos, da FGV, diz que o Brasil padece com o baixo nível de investimento. "México, Peru, Chile, Colômbia e outros países da região conseguiram atrair mais investimentos mesmo na crise e tiveram desempenho melhor no ano passado."

Roberto Olinto, coordenador do IBGE, pondera que a economia brasileira é mais diversificada que as outras nações da América do Sul, baseadas em poucos setores -como o Chile e o cobre.

Já o México, diz, beneficia-se do crescimento americano e da zona de livre comércio com os EUA e o Canadá.

Jensen ressalta que em ao menos um ponto o Brasil acertou no caminho para atrair investimentos (estrangeiros, inclusive) e estimular o crescimento: as concessões à iniciativa privada na área de infraestrutura (especialmente portos, aeroportos e rodovias).


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