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Fila especial e ônibus grátis são atrativos para o avanço dos "office-velhos"

Categoria vem crescendo na medida em que os idosos têm prolongado a permanência no mercado de trabalho no país

MARIANA SALLOWICZ DO RIO

Apesar de estar aposentado há cinco anos, o auxiliar administrativo Nilson Lúcio, 64, não pensa em parar. Ele trabalha como "office-velho" -como vem sendo chamado o profissional da terceira idade que atua como contínuo.

Ele vai a bancos no centro do Rio ao menos duas vezes por dia para pagar contas, fazer transferências e depósitos da empresa em que trabalha. Também faz outros serviços administrativos.

A categoria vem crescendo na medida em que os idosos têm prolongado a permanência no mercado de trabalho.

Segundo o IBGE, 40% dos homens com 60 anos ou mais estavam ocupados em 2011. Já as mulheres somavam 17%.

Para as empresas, além da vantagem de ter um profissional mais experiente e responsável, os "office-velhos" representam economia de tempo e dinheiro já que, dependendo da idade, têm acesso à fila especial nos bancos e gratuidade no transporte público -válida a partir dos 65 anos em São Paulo e Rio. Em São Paulo, o benefício no ônibus começa aos 60 anos.

"O número de empresas que contratam idosos para fazer serviços bancários tem aumentado. O problema é que muitas não empregam formalmente", afirma João Batista Inocentini, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados.

Não foi o caso de Lúcio. Ele foi registrado após ter ficado quase um ano desempregado. "Quando aposentei, não consegui me acostumar, fazia bicos. Até que me chamaram para fazer esse serviço."

Segundo ele, um dos pontos que contaram a seu favor foi a experiência.

Quando vai ao banco, usa a fila especial. Um dia, conta, um rapaz ficou gritando quando ele entrou na fila de idosos. "Ele achou que eu não tinha 60 anos. Algumas pessoas não respeitam quem está na fila especial, olham feio, mas não me importo."

Inocentini confirma que há reclamações. "Já estamos discutindo a possibilidade de criação de outra fila, para idosos que trabalham."

SAÚDE

A economista do IBGE Cristiane Soares diz que os profissionais têm prolongado a permanência no mercado devido ao envelhecimento com mais saúde. "A expectativa de vida vem aumentando com avanços na área de saúde."


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