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Indústria inicia 2013 com maior ritmo de expansão em 3 anos

Produção avança 2,5% em janeiro, mas ainda é cedo para dizer que há trajetória de retomada, dizem analistas

Setor de bens de capital cresce 8,2%, impulsionado pela fabricação de caminhões

DO RIO

Após um 2012 de retração, a indústria começou o ano em terreno positivo, com o maior crescimento mensal desde março de 2010.

O resultado que surpreendeu analistas por sua magnitude -alta de 2,5% na comparação com dezembro.

Tal desempenho, porém, ainda não se converteu numa trajetória de retomada do setor nem recompõe as perdas acumuladas no ano passado -de 2,6%.

Foi apenas, dizem analistas, o primeiro sinal de uma possível melhora, ainda a ser confirmada com os resultados dos meses seguintes.

"O que chama a atenção no indicador de janeiro é o perfil mais disseminado do crescimento da indústria. Inicia-se o ano com um crescimento mais intenso e mais generalizado, mas ainda é um dado apenas", afirmou André Macedo, economista do IBGE.

Dos setores pesquisados, 18 registraram alta, ante 9 em queda. Entre os com melhor desempenho, destacaram-se material eletrônico e equipamentos de comunicação, farmacêutico, refino de petróleo e produção de álcool, veículos e automotores e máquinas e equipamentos -este último num primeiro sinal de possível reaquecimento do nível de investimento.

IRREGULAR

Para a LCA, porém, a melhora da indústria e seu crescimento acima do previsto não livram o setor de uma fase ainda "irregular de recuperação".

Já o economista Rogério Souza, do Iedi, faz ressalvas. Diz que os dados da indústria são, de fato, positivos, mas devem ser "interpretados com cuidado", pois existem dois fatores que "jogam para cima" o desempenho da indústria.

Cita a baixa base de comparação com 2012 e o resultado específico de poucos setores com peso significativo -como o de veículos.

Após quedas desde novembro, período no qual reagiu negativamente ao fim gradual da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e acumulou perda de 4,5%, o setor de veículos reagiu em janeiro diante de menores estoques e alta das vendas. O ramo teve o maior peso na alta da indústria.

INVESTIMENTO

Para Macedo, o crescimento de 8,2% na produção de bens de capital (máquinas e equipamentos) mostra que eles reagiram em janeiro principalmente em razão da retomada da fabricação de caminhões (o que também impulsionou o setor de veículos).

A expansão ocorre, diz, graças aos financiamentos subsidiados do BNDES (com juros negativos) e a outras medidas de estímulo à compra desses veículos.

Também avançou a produção de máquinas para a construção. Mas o economista do IBGE pondera que, além do aumento efetivo, o número anterior era muito baixo, o que resulta em crescimento maior.


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