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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Milho vai determinar a área de trigo no PR

O trigo está sendo negociado nesta semana com valores 60% superiores aos de há um ano, conforme pesquisa da Folha.

Esse percentual deveria influenciar os produtores na intenção de plantio para a nova safra. Não é o que ocorre.

Para o analista José Pitoli, o milho ainda vai ser o determinante da área que será destinada ao trigo no Paraná. Houve uma antecipação da colheita de soja neste ano, o que confere mais tempo para a decisão do produtor.

Ele tem até o início de abril para decidir se planta milho e, se o clima ajudar, essa deverá ser a maior opção. Para Pitoli, o trigo deve disputar área, ainda, com o feijão, produto que está em alta.

O Paraná deverá semear 825 mil hectares com trigo neste ano, uma área 6% superior à do ano passado.

Os preços do cereal estão bons neste início do ano e, em fevereiro, chegaram a superar em 70% os de igual período do ano passado, segundo Carlos Hugo Godinho, engenheiro-agrônomo do Deral (Departamento de Economia Rural) paranaense.

Mesmo assim, os produtores vão pensar na hora da opção, avaliando como estarão esses preços após a safra e na hora de comercialização.

Ao contrário da soja e do milho, o trigo tem menor liquidez e comercialização mais lenta, diz Godinho.

Na avaliação dele, deveria haver um equilíbrio maior na hora da comercialização.

Assim como no Brasil, as áreas do Uruguai e do Paraguai não deverão ter grandes alterações. Na Argentina ainda há dúvidas, mas o espaço deverá ser mantido.

A produção nacional de trigo de 2012 caiu para 4,3 milhões de toneladas, 26% menor do que em 2011, segundo dados da Conab.

Milho As exportações deste primeiro bimestre continuam aquecidas, e os principais importadores do Brasil são países que não estão habituados a comprar o cereal neste período do ano.

Líder A Coreia do Sul, com a quebra de safra nos Estados Unidos, voltou-se para o Brasil e foi o país que registrou a maior importação: 1,4 milhão de toneladas, ante apenas 10 mil em igual período de 2012.

Japão Os japoneses, também tradicionais parceiros dos EUA, vieram ao Brasil e levaram 1,1 milhão de toneladas. No início de 2012, as importações haviam sido muito pequenas. Já os norte-americanos levaram 550 mil toneladas no primeiro bimestre do ano.

Abastecimento O acúmulo de produção de soja e de milho e os problemas logísticos nos portos diminuem o poder de fogo das cooperativas para secar o milho, segundo o analista José Pitoli. A saída para o produtor é a venda direta aos consumidores, mas com preço menor.

Sobe depois Para Pitoli, os preços se recuperam. Os estoques do ano passado são de 15 milhões de toneladas e a produção de verão será de 40 milhões de toneladas.

Safrinha Com consumo mensal de 5 milhões de toneladas, a safrinha vai ter de cobrir esse gargalo, diz ele.

De valor As exportações de produtos de maior valor agregado do agronegócio dos EUA subiram 10% no ano passado. Já os produtos básicos tiveram queda de 5%.


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