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Análise

Acordo deverá impactar outros paraísos fiscais da Europa

DO “FINANCIAL TIMES”

Chipre se tornou, da noite para o dia, um paraíso fiscal sem um sistema de bancos. O acordo fechado com seus credores põe fim ao Banco Popular de Chipre, o segundo maior credor do país: seus acionistas e os detentores de seus títulos serão eliminados.

O Banco de Chipre, o maior do país, será reestruturado. O "resgate" vai devastar a economia cipriota.

O acordo evita uma moratória desordenada de Chipre e a saída do país da zona do euro. Estabelece o princípio de que os grandes detentores de títulos não são mais sacrossantos.

Nenhum dinheiro dos contribuintes está indo diretamente para os bancos cipriotas, mas a ilha mediterrânea receberá € 10 bilhões em assistência de outro tipo, equivalente a mais de 50% de seu PIB.

Seus dias de paraíso fiscal com certeza estão contados. Outros países da zona do euro com bancos superdimensionados devem estar tremendo nas bases.

De acordo com o Banco Central Europeu, no quarto trimestre de 2012 "instituições financeiras monetárias" em Luxemburgo tinham ativos equivalentes a 22 vezes o PIB do pequeno país.

Mas o acordo desajeitado pode ter consequências de longo prazo graves. Causa perplexidade o fato de um país pequeno, responsável por 0,2% do PIB da zona do euro, ter provocado tanta comoção.

O trio formado por Comissão Europeia, BCE e FMI ficou profundamente dividido pelo caso, e isso pode apontar para problemas pela frente, quando terminar a validade dos resgates anteriores da Irlanda e de Portugal.

A imposição de controles sobre capitais suscita a perspectiva de uma corrida aos bancos quando os controles forem levantados. Chipre ainda faz parte do euro. Mas, com bancos fechados, cidadãos irados e economia enfrentando o desastre, a sensação é que já saiu.


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