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Papa ressalta laços entre cristãos e muçulmanos
Pontífice elogia 'sinal de esperança' e cita ida de antecessor ao Líbano
Textos lidos durante a via-crúcis, com foco no Oriente Médio, pediram liberdade religiosa e o fim do terrorismo
O papa Francisco comandou ontem sua primeira cerimônia de Sexta-Feira Santa, quando cristãos relembram em todo o mundo a crucificação e a morte de Jesus.
Em discurso no final da celebração, que aconteceu no Coliseu -onde foi representada a via-crúcis pela qual passou Jesus-, o papa elogiou a "amizade entre cristãos e muçulmanos".
Francisco acrescentou que esse laço "tem sido um sinal para o Oriente Médio e para o mundo: um sinal de esperança", disse, fazendo referência à viagem que Bento 16 fez ao Líbano ano passado.
Em um curto discurso, o papa também instou fiéis a responder "o mal com o bem".
"Nesta noite, deve permanecer só uma palavra, que é a própria cruz. Ela é a palavra com a qual Deus respondeu ao mal do mundo. Às vezes, parece que Deus não responde ao mal, que fica em silêncio. Mas, na verdade, Deus falou, respondeu, e a sua resposta é a cruz de Cristo: uma palavra que é amor, misericórdia, perdão", afirmou.
Milhares de pessoas assistiram à encenação no Coliseu. O papa Francisco decidiu não percorrer o trajeto instalado ali, com 14 estações, a pé.
Neste ano, as meditações lidas durante cada uma das paradas couberam a jovens libaneses.
O discurso, que foi requisitado ainda no papado de Bento 16, se refere várias vezes à situação de cristãos no Oriente Médio, clama por liberdade religiosa e pede o fim do terrorismo.
A celebração da Sexta-Feira Santa teve início na basílica de São Pedro, com a liturgia da Paixão de Cristo, que recorda as últimas horas da vida de Jesus.
No ritual da basílica, o papa se prostrou em silêncio durante vários minutos perante o altar. A Sexta-Feira Santa é o único dia do ano em que não há missa.