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Controle de arma avança no Senado dos EUA

Casa inicia debate de projeto que amplia dispositivos para verificação de antecedentes de potenciais compradores

Texto, contudo, não aborda proibição de armas de assalto, uma das principais bandeiras de Obama

JOANA CUNHA DE NOVA YORK

O Senado americano decidiu ontem, por 68 votos contra 31, iniciar as discussões sobre um projeto de lei que estabeleça um maior controle de armas no país.

É o primeiro passo do debate que se tornou uma das prioridades do presidente Barack Obama e ganhou interesse da população desde o massacre numa escola primária de Newtown, em Connecticut, que matou 20 crianças e seis adultos em dezembro.

A principal proposta é aumentar os dispositivos para a verificação de antecedentes dos compradores de armas, tornando-a obrigatória inclusive para vendas em feiras e pela internet.

Em três dos maiores massacres nos EUA --numa escola de Columbine (1999), na Universidade Virginia Tech (2007) e num cinema no Colorado (2012)--, as armas ou munições foram compradas pela internet ou em feiras.

Também serão incluídos nas discussões o endurecimento à punição sobre o comércio ilegal e a segurança nas escolas. No entanto, a proibição de armas de assalto não está incluída no texto.

Com 16 adesões republicanas, o resultado é interpretado como uma vitória para os democratas.

"Considerando os massacres recentes, bloquear seria um grande equívoco para os republicanos", afirmou o senador John McCain sobre seus correligionários.

"O cenário político está mudando. Há quatro meses, parecia que nada seria feito", disse o democrata Richard Blumenthal.

O sentimento, entretanto, é o de que as medidas ainda vão encarar firme resistência. No Senado, serão necessários 60 votos para encerrar a discussão sobre o texto e, depois, 51 votos para sua aprovação.

Em seguida, o projeto segue para a Câmara, dominada pelos republicanos.

O apoio bipartidário foi amparado pelo consenso a que chegaram nesta semana o democrata Joe Manchin e seu colega republicano Patrick Toomey, ambos donos de armas, segundo a mídia americana.

A oposição vem da NRA (Associação Nacional de Rifles), poderoso lobby pró-armas americano, que invoca a Segunda Emenda, sobre o direito de portar armas.

O presidente Barack Obama agradeceu às famílias das vítimas de Newtown por terem impulsionado a iniciativa dos legisladores, segundo a Casa Branca.

"Viemos pedir o voto dos senadores porque nossos familiares não podem estar aqui para isso", disse Jillian Soto, irmã de uma das vítimas.

Obama já havia demonstrado um otimismo cauteloso e o desejo de que os pontos no projeto fossem mais incisivos.


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