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FMI reduz projeção de crescimento global
Planeta crescerá 3,3% em 2013, redução de 0,2 ponto sobre estimativa anterior do Fundo, que se reúne nessa semana
Entre as grandes economias, apenas o Japão viu sua projeção ser revisada para cima, de 1,2% para 1,6%
O FMI (Fundo Monetário Internacional), que se reúne nessa semana em Washington, reduziu ontem suas projeções para o crescimento econômico mundial e do Brasil em 2013.
A instituição, que previa em janeiro um crescimento global de 3,5% neste ano, reduziu suas expectativas em 0,2 ponto percentual, para 3,3%. Segundo o FMI, essa redução deve-se aos cortes de gastos do governo americano e à recessão na Europa.
A estimativa para 2014 permaneceu estável, em 4%.
Já para o Brasil, a previsão de crescimento do PIB em 2013 caiu 0,5 ponto percentual, de 3,5% para 3%, por gargalos de infraestrutura.
O FMI acredita que a economia brasileira irá acelerar neste ano, após crescer apenas 0,9% no ano passado, devido à "flexibilização da política doméstica e das medidas destinadas a impulsionar o investimento privado".
Já para 2014 houve aumento das expectativas quanto ao crescimento brasileiro: de 3,9% para 4%, ao contrário de outros países, como EUA, Reino Unido e China, que tiveram projeções reduzidas.
EURO E EUA
O Fundo também diminuiu suas expectativas em relação à zona do euro, de uma retração de 0,1% para 0,3%, advertindo que a situação pode piorar na região sem a aplicação das atuais políticas de ajuste fiscal e da prevista reforma do setor bancário.
Para o FMI, os canais de crédito na região ainda estão quebrados e melhores condições financeiras não estão sendo repassadas para empresas e pessoas físicas, já que os bancos ainda enfrentam uma situação de pouco capital e baixa rentabilidade.
Para 2013, o Fundo também prevê uma redução no crescimento dos EUA, de 2,1% para 1,9%, embora o órgão tenha destacado "alguns sinais esperançosos", como o aumento do consumo, na maior economia do mundo. Para 2014, a expectativa é de um crescimento de 3%.
CHINA E JAPÃO
Por sua vez, a previsão é que a China cresça 8% em 2013 e 8,2% em 2014, ambos os resultados abaixo dos 8,1% e 8,5% previstos em janeiro deste ano.
Entre as grandes economias, apenas o Japão viu sua projeção de crescimento ser revisada para cima: o país deve crescer 1,6% em 2013 e 1,4% em 2014 (em janeiro, as previsões eram de 1,2% e 0,7%, respectivamente).
Apesar disso, o FMI alertou o país dos riscos do estímulo fiscal aliado ao alto endividamento público.
