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Explosões no sul da Turquia deixam ao menos 43 mortos

Governo turco vê ligação de ataque com a Síria; Damasco não se manifesta

Região alvo do atentado abriga hoje milhares de refugiados sírios; país acolheu 300 mil desde eclosão de guerra civil

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Dois carros-bomba explodiram ontem na cidade de Reyhanli (sul da Turquia, perto da divisa com a Síria), matando ao menos 43 pessoas. O governo turco diz que os autores dos ataques, que deixaram mais de 100 feridos, têm ligação com o regime sírio.

As explosões aconteceram fora do prédio da administração municipal de Reyhanli, que abriga milhares de refugiados sírios, e de um posto de correios. As duas bombas explodiram em um intervalo de 15 minutos na rua mais movimentada do local.

Restaurantes e cafés foram destruídos, e pedaços de corpos ficaram espalhados pelas ruas. "Meus filhos estão com muito medo -eles se lembram das bombas quando estávamos em Aleppo [norte da Síria]", afirmou a refugiada síria Koslum, mãe de três, à agência Reuters.

O premiê turco, Recep Erdogan, disse que o total de mortos pode aumentar. Nenhum grupo assumira a autoria do ataque até ontem à noite, e o regime de Damasco também não se pronunciou.

A cidade na província de Hatay seria usada como centro de facilitação ao tráfico de armas para os insurgentes que lutam contra o regime do ditador Bashar al-Assad.

A Turquia tem permitido que seu território seja usado como base logística e de preparação para esses grupos.

'SUSPEITO DE SEMPRE'

De acordo com o governo local, as investigações indicam que os responsáveis pelos atentados são turcos, mas estão ligados ao serviço de inteligência do país vizinho.

Um dos vice-premiês da Turquia, Besir Atalay, disse que as apurações iniciais apontavam para a relação dos ataques com o Mukhabarat [inteligência síria]. Outro vice-premiê, Bulent Arinc, afirmou que o governo de Assad era o "suspeito de sempre".

Hoje, a Turquia abriga mais de 300 mil pessoas que fugiram da Síria durante a guerra civil iniciada em março de 2011. A maior parte delas está em campos de refugiados ao longo da fronteira.


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