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Obama e Cameron cobram solução síria

Em Washington, os dois líderes pressionaram a Rússia a se envolver na busca de um acordo para fim do conflito

Obama promete pôr na mesma mesa o governo de Bashar al-Assad e rebeldes, em Genebra, com ajuda dos russos

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, aumentaram ontem a pressão para que seja encontrada logo uma solução ao conflito na Síria.

Ao lado de Cameron, em visita a Washington, Obama afirmou que levará tanto o regime do ditador Bashar al-Assad quanto os rebeldes sírios às mesas de negociação em Genebra.

"Se pudermos mediar uma transição política pacífica que leve à saída de Assad, mas em um Estado na Síria que ainda esteja intacto, [...] isso não vai ser bom só para nós. Será bom para todos."

As discussões em Genebra, em esforço russo-americano para encerrar o conflito, estão previstas para ocorrer nas próximas semanas.

Os acordos entre EUA e Rússia são sequência de uma visita de John Kerry, secretário de Estado americano, a Moscou, na semana passada.

"Como líder no cenário internacional, a Rússia tem o interesse e a obrigação de tentar resolver esse problema", disse Obama.

Para Cameron, "ainda há grandes obstáculos a serem superados". "Mas sinto que há um entendimento agora que a trajetória atual da Síria (...) não é do interesse de ninguém", disse o premiê. "Há uma urgente janela de oportunidade antes que os piores temores se tornem reais."

Obama elencou os entraves para o fim da guerra civil, incluindo o envolvimento de atores externos como o Irã e o grupo extremista libanês Hizbullah, além da Jabhat al-Nusra, uma facção islâmica radical que opera na Síria e tem vínculos com a Al Qaeda.

A insurgência contra o ditador Assad e sua resposta violenta às manifestações --inicialmente pacíficas -- já deixaram mais de 70 mil mortos na Síria, de acordo com as estimativas de fevereiro das Nações Unidas.

A administração Obama tem sido criticada em relação à guerra civil síria, especialmente na questão de armar os grupos de oposição. Ontem, Cameron afirmou que "há mais a se fazer em assistência técnica e ajuda" aos rebeldes, mas não se referiu a oferecer armamentos.

'ASSASSINO'

Enquanto EUA e Rússia discutem as negociações para a paz na Síria, a tensão de Damasco com a vizinha Turquia aumenta. O ministro sírio de Informação, Omran Zubi, chamou ontem de "assassino" o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan. A informação foi divulgada por um canal estatal russo.

A hostilidade ocorre após um atentado com carros-bomba ter atingido no sábado uma cidade no sul da Turquia, perto da fronteira com a Síria, deixando 46 mortos.

"Toda a responsabilidade pelo que aconteceu é do governo turco e de Erdogan pessoalmente", afirmou Zubi.

A Turquia, por sua vez, acusa um grupo ligado à inteligência síria pelos ataques.


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