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Grupo Clarín quer criar 'um clima de terror', diz governo argentino

Presidência responde a acusações de corrupção sobre kirchneristas

Circularam, na última semana, rumores de que o governo planeja intervenção; jornalista diz ver 'algo se armando'

SYLVIA COLOMBO DE BUENOS AIRES

O governo kirchnerista respondeu ontem aos ataques e denúncias que vêm sendo veiculados pelo canal 13, do grupo Clarín, por meio do jornalista Jorge Lanata.

"Querem criar um clima de terror", disse o secretário-geral da Presidência, Oscar Parrili. Ele disse também que o Clarín está, por "interesses corporativos, extorsivos e delitivos, depreciando" a figura do ex-presidente Néstor Kirchner, morto em 2010.

O kirchnerismo e o grupo de mídia mais importante do país estão em conflito desde 2009, quando o Clarín, antigo aliado de Néstor, apoiou os ruralistas contra o governo.

Há um mês, o programa de Lanata aborda um suposto caso de lavagem de dinheiro que envolveria a Casa Rosada, empresários aliados ao governo e personagens do mundo das celebridades.

O centro da polêmica é o empresário Lázaro Baez, que está sendo investigado pela Justiça. Sobre ele, principal articulador de Néstor em Santa Cruz, pesa a acusação de fazer sair do país ilegalmente € 55 milhões em voos privados com destino a paraísos fiscais na América Central.

Anteontem, Lanata mostrou os planos de um cofre secreto na casa dos Kirchner em Santa Cruz. Ao final, o jornalista pediu que os telespectadores "façam algo" caso o programa seja tirado do ar.

A ameaça ganhou força na última semana, quando circulou o rumor de que o governo possui uma autorização judicial para intervir administrativamente no Clarín.

"Algo se está armando. A visita de Moreno foi um prólogo. Estamos aguardando e temos informação de que uma operação está sendo planejada", disse à Folha o diretor de Redação do jornal "Clarín", Ricardo Kirschbaum.

INTERVENÇÃO

Há duas semanas, o secretário de Comércio Interior, Guillermo Moreno, entrou em uma reunião de acionistas do grupo dizendo que a empresa "não estava dando lucro".

O que se considera provável é que o governo esteja preparando o terreno para usar uma nova lei, aprovada no fim de 2012, que dá a acionistas minoritários o poder de intervir na estrutura de empresas.

Através da nacionalização dos fundos de pensão, o governo passou a ser proprietário de 9% das ações do Clarín.


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