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Zona do euro tem sua recessão mais longa

No conjunto, os 17 países que utilizam a moeda comum registraram queda do PIB pelo 6º trimestre consecutivo

Produção recuou 0,2%; Alemanha, maior economia do bloco, apresentou recuperação fraca

MICHAEL SHEEN DO "FINANCIAL TIMES", EM FRANKFURT

As economias dos 17 países da zona do euro encolheram nos três primeiros meses do ano, mantendo o bloco comercial em recessão pelo mais longo período desde que a moeda única foi adotada.

Trata-se de um novo indicador profundamente desfavorável, depois de o desemprego da região ter atingido sua mais alta marca.

Em nível nacional, a França voltou à recessão, a produção italiana continua a se contrair e até mesmo a Alemanha, a mais forte e maior economia da zona do euro, só conseguiu um retorno medíocre ao crescimento, de acordo com dados oficiais divulgados ontem.

As tendências divergentes entre Alemanha e França, as duas maiores economias da zona do euro, destacam as diferenças fundamentais que continuam a existir no interior do bloco monetário, e também mostram que mesmo os países mais fortes enfrentam desafios.

O Produto Interno Bruto (PIB) agregado dos países da zona do euro caiu em 0,2% no primeiro trimestre, ante o último trimestre de 2012, informou a Eurostat, a agência estatística da União Europeia. A contração foi ligeiramente pior que a prevista.

O sexto trimestre consecutivo de declínio representa o mais longo período de queda já registrado na zona do euro, superando a recessão causada pela quebra do banco Lehman Brothers em 2008 e 2009, ainda que a queda acumulada no atual período seja inferior à registrada na recessão passada.

"Todas as esperanças continuam depositadas em uma recuperação da demanda externa", disse Peter Vanden Houte, economista do banco ING. "Mas com o aperto fiscal nos Estados Unidos e a recuperação na China ainda em dúvida, o estímulo que as exportações líquidas propiciarão não será grande."

O Banco Central Europeu (BCE) cortou as taxas de juros em sua mais recente reunião, este mês, e se declarou pronto a continuar agindo caso a situação assim exija.

Embora a recuperação anêmica da Alemanha se deva em parte ao clima extremamente desfavorável do período, o crescimento inferior ao esperado desafia as suposições de que a economia alemã já estivesse a caminho de uma melhora sustentada.

"A lista de pontos negativos para a zona do euro é longa", disse Nick Kounis, economista do banco ABN Amro. "Consolidação fiscal, desemprego em alta, condições severas para empréstimos bancários, a alta do euro diante do iene e a demanda mundial chocha pesam negativamente sobre a economia."


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