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Ditador diz ser 'capitão do navio' e rejeita renunciar
DO NEW YORK TIMESNesse trecho, Bashar al-Assad rejeita a hipótese de renunciar à Presidência, dizendo que como "capitão do navio" ficará no comando do país até o fim da guerra.
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O sr. já pensou em se afastar do cargo a fim de chegar a uma solução definitiva? Está preparado para isso?
Se eu permanecer no cargo ou não, isso depende das pessoas. Não é minha decisão a de ir ou ficar; essa é a decisão do povo. As pessoas vão decidir durante as eleições de 2014. Sou um presidente eleito e é o povo que irá decidir se fico ou não. Dizer que o presidente sírio deve renunciar porque os EUA querem ou porque os terroristas estão exigindo é completamente inaceitável.
O presidente Obama indicou que não considera intervir na Síria, mas o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse que para haver algum avanço este deve incluir sua renúncia ao cargo.
Não sei se Kerry ou qualquer outra pessoa tem recebido uma ordem do povo sírio para decidir se alguém dever ficar ou ir embora. Qualquer decisão sobre reformas na Síria virá da Síria e nem os EUA nem qualquer outro Estado pode intervir. De toda forma, renunciar seria fugir. O país está sofrendo uma crise e o capitão não pode abandonar o navio durante a tempestade. Ele irá trazer o navio de volta ao porto de forma segura e só então tomar decisões. Eu não vou fugir de minhas responsabilidades.
Numa entrevista anterior com o Clarín, o sr. rejeitou negar o Holocausto. Essa ainda é sua posição?
Pergunto por que estamos discutindo o Holocausto e não a situação na Palestina, ou 1,5 milhão de mortos no Iraque. Não sou historiador e não sei o que aconteceu. Questões históricas dependem das pessoas que escrevem a história, então a história às vezes pode ser falsificada.
O sr. faria alguma autocrítica?
É ilógico realizar uma autocrítica antes da conclusão dos eventos. Se você for assistir a um filme, você não irá criticá-lo antes do fim.
