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Violência no Iraque mata pelo menos 79

Série de atentados a alvos xiitas em várias cidades reacende temores de que conflito sectário se torne guerra civil

Na semana passada, ataques mataram mais de 150 pessoas; EUA se dizem preocupados com escalada dos confrontos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Uma série de ataques suicidas e atentados com carros-bomba em várias cidades do Iraque --incluindo a capital do país, Bagdá-- resultou em pelo menos 79 mortes ontem. Os ataques visavam principalmente alvos xiitas e do governo chefiado pelo primeiro-ministro Nouri al-Maliki.

Somados aos atentados da semana passada, em que mais de 150 pessoas morreram, os ataques configuram uma das piores ondas de violência sectária desde que as tropas dos EUA, que invadiram o Iraque em 2003, deixaram o país, no fim de 2011.

Em abril, segundo a ONU, mais de 700 pessoas foram mortas em conflitos e ataques em território iraquiano, o que fez do mês passado o mais violento em cinco anos. No auge da violência sectária (2006-7), o número de mortes chegava a superar 3.000 por mês.

Embora nenhum grupo tivesse assumido a autoria dos atentados até a conclusão desta edição, crescia o temor de que o conflito entre muçulmanos xiitas, que hoje governam o Iraque, e a minoria sunita, que controlava o país na ditadura de Saddam Hussein (1979-2003), se transforme em guerra civil aberta.

Das mortes registradas ontem, pelo menos 30 aconteceram na capital, em ataques de carros-bomba a sete áreas em que é grande a concentração de xiitas. Outras 12 pessoas foram mortas em Shaab, distrito no norte de Bagdá.

Em Basra, cidade predominantemente xiita 420 km a sudeste da capital, dois carros-bomba mataram pelo menos nove pessoas no bairro de Hayaniya e outras cinco em um terminal de ônibus na praça Saad, de acordo com a polícia e fontes médicas.

"Estava de plantão quando senti o chão sacudir com as explosões", declarou um policial que trabalha em Hayaniya à agência Reuters. "Ela atingiu operários reunidos ao lado de um quiosque de sanduíches. Um dos cadáveres ainda segurava um sanduíche coberto de sangue."

Outros atentados com mortes foram registrados em Samarra, Baiji e Balad, ao norte da capital iraquiana, e em Hilla, cidade ao sul de Bagdá.

REAÇÃO DOS EUA

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, declarou ontem que os EUA condenam "com veemência" os atentados dos últimos dias no Iraque e estão "profundamente preocupados" com a frequência e a natureza dos ataques.

Além das ações terroristas de ontem, Carney citou os atentados às forças de segurança iraquianas na província de Anbar no fim de semana.


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