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Procurador denuncia ex-secretário de Kirchner

Daniel Muñoz estaria envolvido em suposta lavagem de dinheiro de obras superfaturadas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O procurador federal da Argentina Ramiro González denunciou ontem à Justiça Daniel Muñoz, que foi secretário pessoal do ex-presidente Néstor Kirchner (1950-2010) durante cerca de 20 anos, por um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a Casa Rosada, empresários aliados ao governo e celebridades do país.

A decisão aconteceu após Miriam Quiroga, também ex-secretária de Kirchner, ter participado no dia 5 de maio do programa televisivo "Periodismo para todos", apresentado pelo jornalista Jorge Lanata e transmitido por um canal do grupo Clarín, de oposição ao governo.

No dia 14 de abril, o programa de Lanata transmitiu acusações de que os Kirchner e Lázaro Baéz, conhecido por ganhar quase todas as licitações de obras públicas na província de Santa Cruz (o reduto dos Kirchner), teriam lavado € 55 milhões (R$ 143 milhões) obtidos por meio do superfaturamento de obras.

Segundo Quiroga, Muñoz era o responsável por levar bolsas cheias de dinheiro desviado à residência presidencial de Santa Cruz, de onde iriam a paraísos fiscais.

O patrimônio dos Kirchner cresceu 800% desde 2003, ano em que Néstor assumiu.

"Resolvi falar pois essas coisas tinham de vir à tona", disse Quiroga no programa. Ela foi demitida por Cristina em 2010, após a morte de Kirchner, em meio a boatos de que havia mantido uma relação amorosa com o ex-presidente.

REAÇÕES

Munõz ainda não se pronunciou sobre o caso. Segundo o jornal "La Nación", atualmente ele trabalha em serviços de consultoria, direção e gestão empresarial.

"Querem criar um clima de terror", disse o secretário-geral da Presidência, Oscar Parrili, sobre as denúncias no dia 13 de maio. Segundo ele, o Clarín está, por "interesses corporativos, extorsivos e delitivos, depreciando" a figura de Néstor Kirchner

Antes, Cristina havia feito referências indiretas ao escândalo. Ela afirmou que, em período eleitoral, é comum a imprensa explorar denúncias de corrupção. O país terá eleição legislativa em outubro.


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