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Ex-presidente aceita veto em eleição no Irã
Exclusão de Rafsanjani da lista de concorrentes ao pleito de 14 de junho chocou iranianos
Dois dias depois de ser barrado da corrida presidencial iraniana por um órgão do regime, o influente ex-presidente Ali Akbar Hashemi Rafsanjani (1989-1997) disse que só havia entrado na disputa atendendo ao apelo de simpatizantes.
A exclusão de Rafsanjani da lista de aprovados para concorrer ao pleito de 14 de junho chocou muitos iranianos e gerou acusações de que o Estado teocrático manobra para assegurar a eleição de um candidato de irrestrita lealdade ao líder supremo, aiatolá Ali Khamenei.
"Desde o início eu disse que não estava pronto", afirmou o ex-presidente em seu site, na primeira declaração pública desde terça-feira, quando o Conselho de Guardiães da Revolução, que avalia as credenciais ideológicas dos candidatos, anunciou a lista final.
"Mas houve tanta gente respeitável de dentro e fora do Irã que me pediu [para concorrer] que eu senti que seria egoísmo da minha parte não atender [aos apelos]", afirmou Rafsanjani, que se disse "aliviado".
Já o presidente Mahmoud Ahmadinejad, que deve deixar o cargo por ter cumprido dois mandatos seguidos, rejeitou a decisão do conselho de barrar o assessor que tentava emplacar, Esfandiar Rahim Mashaee.
Tanto Rafsanjani como Mashaee são vistos pelo regime como indóceis à autoridade do líder supremo. Entre os oito candidatos aprovados, seis são conservadores alinhados a Khamenei. Os outros dois não têm apelo popular.