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Argentina limita saque de dólares com cartão
Argentinos que viajarem a países vizinhos só poderão retirar até US$ 100 por trimestre
Sob pressão do Banco Central argentino, as principais empresas de cartão de crédito (Visa, Mastercard e American Express) vão impor limites para a retirada de dólares no exterior por parte de cidadãos do país.
A partir de agora, quem viajar a países limítrofes só poderá retirar US$ 100 por trimestre. Quem for para outros países terá teto de US$ 800 para saques mensais.
Trata-se de mais uma medida do governo para tentar conter a fuga de capitais do país. Desde outubro de 2011, os kirchneristas têm adotado uma política de restrição à compra de dólares por parte dos cidadãos.
Hoje, para adquirir a moeda dos EUA, é preciso apresentar documentos, justificativa de viagem, passagens e plano de estadia no exterior.
A mais recente medida foi adotada porque muitos argentinos vinham atravessando o rio da Prata para retirar altas quantidades de dólares no Uruguai. Nos fins de semana, a cidade turística de Colônia, a uma hora de barco de Buenos Aires, tinha longas filas nos bancos, e os caixas se esvaziavam rapidamente.
Devido à intervenção do governo, o dólar paralelo, que havia chegado a 10,4 pesos no começo do mês, ou seja, 100% mais caro que o dólar oficial (5,10), ontem fechou a 8,42.
Além dessa medida, o governo ainda anunciou uma tabela de 500 produtos que permanecerão com os preços congelados.