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ONG acusa Vale de falhas em remoções na África
Famílias em Moçambique foram retiradas por causa de projeto da empresa brasileira
A ONG Human Rights Watch acusou a Vale e a Rio Tinto de "falhas graves" na remoção de comunidades para explorar minas de carvão em Moçambique.
Segundo a entidade, mais de 2.000 famílias teriam sido removidas devido à atividade das mineradoras. Estes teriam enfrentado, desde então, "interrupções significativas e constantes no acesso a comida, água e trabalho".
A Vale e a Rio Tinto investiram cerca de US$ 10 bilhões nas minas da região de Tete, que possui uma das maiores reservas não exploradas de carvão do mundo.
A Folha relatou, no mês passado, protestos de pessoas retiradas de suas casas para a construção da mina e que receberam indenização de cerca de R$ 4.000.
Por meio de comunicado, a Vale afirma ter realocado 1.365 famílias em dois assentamentos. A empresa admite que há "melhorias a serem feitas nas infraestruturas dos reassentamentos", mas diz que já foram implantadas melhorias desde o levantamento da Human Rights Watch, realizado entre maio e outubro do ano passado.
