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Custos de imigração são distorcidos, diz estudo

OCDE afirma que ilegais contribuem para países

DAVID JOLLY DO "NEW YORK TIMES"

A discussão pública sobre a imigração está sendo distorcida por preocupações sem fundamento com o ônus financeiro que os novos imigrantes acarretam aos governos, segundo a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em todo o mundo desenvolvido, "o impacto fiscal da imigração é quase zero", diz a organização em relatório da semana passada, que traça uma comparação dos custos da imigração em diferentes países. "O impacto atual das ondas cumulativas de migração dos últimos 50 anos não é tão grande, para o lado positivo ou o lado negativo."

A OCDE, sediada em Paris, observou que entre 2001 e 2011 a imigração foi responsável por 40% do crescimento populacional em seus países membros.

Mesmo assim, esse fluxo imigratório foi, na maioria dos casos, quase irrelevante para a razão entre os gastos públicos totais e o PIB --"geralmente não maior que 0,5% do PIB em termos positivos ou negativos"--, na medida em que os custos maiores para os governos, como os gastos militares, não são afetados pela imigração.

"Os imigrantes contribuem mais com impostos e contribuições sociais do que recebem em benefícios individuais", disse Jean-Christophe Dumont, autor do estudo.

"Por isso seu impacto fiscal líquido é principalmente positivo", diz.

"A percepção pública é que os imigrantes tiram muito mais do que contribuem, mas não é isso o que acontece."

Mas essa mensagem ainda não foi muito ouvida, constatou a OCDE, em parte porque alguns filhos de imigrantes têm desempenho fraco na escola e no mercado de trabalho e precisam de ajuda governamental.

Em outros casos, políticos têm facilidade em divulgar uma visão estereotipada de imigrantes, para seu benefício político próprio.

Embora o estudo não tenha tratado da questão da imigração ilegal, Dumont disse que "na maioria dos casos" os imigrantes ilegais contribuem mais do que oneram os países em que se radicam, porque pagam muitos impostos mas têm acesso limitado a serviços públicos como educação e saúde.

A OCDE compilou seu relatório usando dados estatísticos fornecidos por seus países membros para 2011, o ano mais recente para o qual havia dados completos disponíveis, além de alguns dados preliminares relativos a 2012.


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