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Novo presidente assumiu Supremo 2 dias antes

ROGÉRIO ORTEGA DE SÃO PAULO

Quem é o chefe da Suprema Corte Constitucional do Egito, que vai assumir interinamente a Presidência do país? A pergunta era feita ontem pelos próprios egípcios, nas redes sociais e fora delas, em meio às comemorações pela deposição do presidente islamita Mohammed Mursi.

O desconhecimento se explica: nomeado para o cargo em junho pelo próprio presidente deposto, Mahmoud Adly Mansur, 67, assumira só dois dias antes --na segunda-feira-- o comando do equivalente egípcio do Supremo Tribunal Federal brasileiro.

O chefe anterior do Supremo do Egito, Maher al-Beheiry, foi substituído por Mansur --o mais antigo dos vice-presidentes da corte-- logo que atingiu a idade-limite para sua aposentadoria (70 anos), no último dia 30 de junho.

Formado e pós-graduado em direito pela Universidade do Cairo, o novo presidente estudou, nos anos 70, na Escola Nacional de Administração, instituição francesa formadora de administradores públicos --por onde também passou o atual presidente da França, François Hollande.

Casado e pai de três filhos, Mansur fez carreira no Judiciário durante o regime ditatorial de Hosni Mubarak (1981-2011) e também serviu em cortes religiosas, que no Egito emitem decretos relativos à lei islâmica. Ele se tornou vice do Supremo em 1992.

O juiz ajudou ainda a redigir a lei de supervisão das eleições que, no ano passado, levaram Mursi ao poder. Um dos traços mais marcantes do governo do islamita foram os choques com o Judiciário e suas tentativas de impedir os juízes de interferir nas decisões do Executivo.

Analistas acreditam que a escolha de Mansur serve ao propósito dos militares de ter na Presidência uma figura "neutra", que ajude a viabilizar uma transição difícil.


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