Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Egito inicia revisão de Carta aprovada por governo deposto

Mudanças na Constituição serão propostas por comitê em 30 dias e passarão por referendo, diz governo provisório

Irmandade Muçulmana, ligada ao ex-presidente Mohammed Mursi, se nega a cooperar e faz novo protesto no Cairo

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um comitê de dez especialistas em direito começou a revisar ontem a Constituição do Egito, suspensa desde o dia 3 de julho, quando um golpe de Estado destituiu do poder o presidente Mohammed Mursi, eleito há um ano.

Mudanças à Constituição, que foi aprovada por referendo no ano passado, devem ser apresentadas pelo grupo em até 30 dias. Depois disso, o novo texto irá para revisão de um comitê maior, à qual se seguirá um novo referendo popular, afirma o Exército.

Só então será realizada eleição parlamentar, prometida para até seis meses depois da deposição de Mursi.

O juiz Ali Awad Saleh, assessor de assuntos constitucionais no novo governo egípcio e chefe do comitê, disse em sua primeira reunião que passaria a semana recebendo ideias de mudanças de "cidadãos, partidos políticos e de todos os lados".

A Constituição em revisão foi criticada por sua forte inspiração islâmica e por não incluir direitos das mulheres.

O governo transitório afirma desde que chegou ao poder, há 19 dias, ter a intenção de "unir os diferentes grupos do país". Mas ao menos um setor da sociedade se excluiu dessa integração: a Irmandade Muçulmana, grupo político islâmico ligado a Mursi.

A Irmandade, que acusa o Exército de ter orquestrado um golpe de Estado e não reconhece a legitimidade do novo governo, mobilizou protestos nas ruas ontem.

Alguns milhares de mulheres, crianças e homens saíram às ruas, a partir dos subúrbios da capital, o Cairo, e foram até as cercanias de prédios governamentais. O grupo segue exigindo a restauração ao poder de Mursi, cujo paradeiro é desconhecido.

MORTES

Enquanto as manifestações de ontem na capital não registraram mortes, pelo menos seis pessoas --quatro eram soldados ou policiais-- foram vítimas em ataques armados na cidade de Al Arich, na península do Sinai (região desértica no sul do país).

Quatorze policiais e quatro soldados morreram no Sinai desde 3 de julho.

Analistas atribuem a violência a extremistas islâmicos que se valem do momento de instabilidade política.

Ontem, 17 soldados morreram quando o ônibus em que viajavam pelo norte do país se chocou com um caminhão.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página