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China julga nesta quinta ex-líder do PC por corrupção e abuso de poder

Com as cortes controladas pelo partido, analistas acreditam que Bo Xilai acabará condenado

Ascensão de dirigente terminou quando veio à tona envolvimento de sua mulher na morte de empresário britânico

MARCELO NINIO DE PEQUIM

O maior escândalo na cúpula do Partido Comunista chinês dos últimos 20 anos está perto de um desfecho.

A agência de notícias oficial informou que o ex-dirigente Bo Xilai será levado a julgamento na quinta-feira, em Jinan, capital da província de Shandong (leste).

Ele foi indiciado em julho por corrupção, abuso de poder e recebimento de suborno, pouco mais de um ano após o caso ter vindo à tona.

Até cair em desgraça, Bo, 64, era um dos políticos mais populares do país e uma das estrelas em ascensão do PC.

Seu julgamento promete ser o mais carregado politicamente desde que Jiang Qiang, mulher de Mao Tse-tung, foi julgada nos anos 1980 por seu papel na Revolução Cultural.

Não há separação de Poderes na China, e, com as cortes controladas pelo PC, espera-se um julgamento político. Analistas dão como certa a condenação de Bo.

Sua ascensão terminou quando seu ex-braço direito, Wang Lijung, se refugiou no consulado dos EUA de Chengdu, no início de 2012.

Wang tinha provas do envolvimento da mulher de Bo, Gu Kailai, na morte do empresário britânico Neil Heywood. Em agosto passado, Gu foi condenada à pena de morte, suspensa por dois anos.

A investigação revelou uma longa série de atos de corrupção e abuso de poder cometidos por Bo. Expulso do partido, ele não é visto em público desde então.

"Bo tirou proveito de sua posição como servidor público para obter ganhos para terceiros e aceitou subornos em forma de altas somas e propriedade", afirmou o tribunal no mês passado.

O indiciamento de Bo, que chefiava o PC na megacidade de Chongqing, tem sido usado na mídia estatal como prova de seriedade da cruzada anticorrupção anunciada pelo presidente Xi Jinping.

Mas ativistas de direitos humanos do país consideram que seu julgamento e o de outros políticos é mais um acerto de contas do que um combate efetivo à corrupção.


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