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Ex-ditador egípcio sai de prisão para hospital militar

Com saúde frágil, Hosni Mubarak passa a ficar detido em regime domiciliar

Governo interino sabe que transferência pode causar indignação, mas clima nas ruas do Cairo era de indiferença

IAN BLACK DO "GUARDIAN"

O ex-ditador egípcio Hosni Mubarak, 85, foi libertado ontem da prisão e transferido a um hospital militar no Cairo, onde ficará internado em regime de prisão domiciliar, segundo a TV estatal.

Partidários de Mubarak, que enfrenta problemas de saúde, esperaram por horas do lado de fora da penitenciária de Tora para vê-lo transportado de helicóptero. Simpatizantes criaram uma página no Facebook para promover sua candidatura à Presidência, no ano que vem.

Os termos da libertação de Mubarak foram anunciados sob a lei de emergência do Egito, promulgada durante a campanha de repressão aos islamitas. A decisão final sobre o destino de Mubarak cabe a Hazem Beblawi, primeiro-ministro no governo interino empossado pelas Forças Armadas em julho.

Nas ruas do Cairo, o clima geral parecia ser de indiferença, com muitas pessoas afirmando que o antigo ditador não é mais relevante.

A libertação ocorre num momento de turbulência, depois que cerca de 900 islamitas foram mortos na semana passada e em meio a uma constante repressão contra a Irmandade Muçulmana, organização da qual faz parte o presidente deposto Mohammed Mursi.

Derrubado pelos protestos da Primavera Árabe em fevereiro de 2011 após 30 anos de governo, Mubarak passou os dois últimos anos preso.

Continuará em julgamento, acusado de homicídio em razão da morte de mais de 800 manifestantes nos protestos contra ele. Mas, depois de ser absolvido de uma acusação de corrupção nesta semana, o limite de tempo para que ele fosse mantido encarcerado expirou.

As autoridades do Egito reconhecem, em foro privado, que libertar Mubarak em meio à situação complicada do país provavelmente alimentará as tensões. Mas, ao mantê-lo em prisão domiciliar, tentam demonstrar que não serão lenientes demais.


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