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Anúncio é elogiado por aliados dos EUA e criticado por rebeldes

DE JERUSALÉM

O anúncio de que o presidente americano, Barack Obama, irá pedir a autorização do Congresso para uma intervenção militar na Síria foi elogiado por seus aliados internacionais e recebido com desapontamento pelos rebeldes sírios.

O Exército Livre da Síria, um dos grupos que combatem as forças leais ao ditador Bashar al-Assad, afirmou que a demora dos EUA em agir --a autorização parlamentar, se acontecer, pode levar mais de uma semana-- irá prejudicar as posições rebeldes.

É esperado que, ao danificar bases aéreas do Exército sírio, impedindo o reabastecimento de caças, os EUA deem vantagem estratégica a rebeldes contra a ditadura.

A Coalizão Nacional Síria, por sua vez, afirmou ter sido "surpreendida" pela decisão do presidente dos EUA. "A matança vai continuar na Síria, devido ao fracasso da liderança americana", disse o porta-voz Louay Safi em entrevista à rede Al Jazeera.

ALIADOS

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, que na quinta-feira passada foi derrotado na Câmara dos Comuns sobre a participação do Reino Unido em uma intervenção militar no país, elogiou o anúncio de Obama por meio de sua conta no Twitter.

Já François Hollande, presidente francês, que foi informado previamente, por telefone, sobre a decisão de Obama, disse que irá aguardar a posição de seu parlamento e do Congresso dos EUA para considerar uma intervenção.

Em Israel, a notícia de que a possível ação não é imediata foi recebida com alívio. O país, de posição neutra no conflito, teme ser tragado a embates por disparos de foguetes vindos do regime sírio ou de militantes libaneses que apoiam Assad.

Já Vladimir Putin, presidente da Rússia, disse, em entrevista antes do anúncio, que não acreditava que o regime sírio tivesse utilizado armas químicas contra a população, o que ele disse que "não faria sentido".

Putin cobrou que os EUA apresentem provas do ataque e disse que, como Nobel da Paz, Obama deveria pensar nas possíveis vítimas que qualquer intervenção estrangeira poderia causar.

O Itamaraty não soltou nota sobre o assunto, mas disse que ações sem aval da ONU violam a carta da organização.


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